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Coordenação dos Movimentos Sociais lança Projeto Brasil

Com atos em diversas capitais do país, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) apresentou oficialmente para a sociedade o Projeto Brasil, documento de análise da conjuntura nacional e propostas para o desenvolvimento nacional, garantir e ampliar direitos dos trabalhadores. “Este manifesto político foi construído coletivamente pelas entidades que compõem a CMS (CUT, UNE, MST, Conam, MST e Marcha Mundial de Mulheres, entre outras) durante o II Fórum Social Brasileiro, ocorrido em Recife, em abril”, explica o 1º tesoureiro da CUT e membro da CMS, Antonio Carlos Spis, que completa: “Queremos dar ampla visibilidade a essas propostas e reivindicações, debate-las com outros segmentos da sociedade e apresentar como plataforma de reivindicação aos candidatos à Presidência da República”.

Ato em São Paulo – Na capital paulista, o mau tempo prejudicou a manifestação, que reuniu pouco mais de 1000 pessoas, que se concentraram na Praça Ramos de Azevedo, a partir das 9h. Para complicar, uma viatura da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito), de maneira truculenta, não permitiu que o caminhão de som ficasse estacionado no local da manifestação. Durante a concentração diversos representantes de entidades municipais e estaduais fizeram uso da palavra para destacar a importância do ato e do Projeto Brasil.

Às 12h começou uma passeata até a Praça da Sé (região central), com falações de representantes de entidade nacionais como a UNE, o MST, a Conam, a UBES, a CGTB e Marcha Mundial de Mulheres. Pela CUT, o presidente Artur Henrique destacou a participação da entidade no fórum da CMS. “A CUT participa dessa mobilização da CMS, que é com certeza a principal entidade e ferramenta do movimento sindical e dos movimentos sociais, pois temos o desafio de impedir o retrocesso e aprofundar o avanço e as mudanças. E o retrocesso é representado por iniciativas como a de hoje, quando o governo tucano doou a Cteep à iniciativa privada. Eles querem voltar para fazer isso, para poder vender o patrimônio público que restou. Querem vender a Petrobras, os bancos públicos. Essa é a disputa que enfrentamos nesse momento. A mobilização de hoje é o início de um amplo processo de pressão para implementar as plataformas dos movimentos sociais. Queremos mais soberania, mais direitos, não queremos privatizações, flexibilização de direitos. Queremos, sim, menos juros, menos superávit primário, mais emprego e mais investimentos em políticas e programas sociais. Mas, para chegarmos a isso, será necessária muita mobilização, muita pressão dos movimentos sociais organizados”.

Entrega ao presidente Lula – Em Contagem, o presidente da CUT/MG, Lúcio Guterres, representando a CMS do estado entregou ao presidente Lula o Projeto Brasil após cerimônia realizada no Sesi. “O presidente recebeu bem a notícia e nos informou que já tinha sido comunicado sobre o Projeto Brasil pela coordenação nacional da CMS e que está aguardando o melhor momento para se pronunciar a respeito”, disse Lúcio Guterres.

Até o fechamento desta matéria, os demais estados ainda não haviam encaminhado à redação do Portal do Mundo do Trabalho, o resultado das manifestações.

Fonte: Norian Segatto, do Portal Mundo do Trabalho