ONU mostra avanços mundiais no acesso à água e à escolarização
A conclusão é do segundo Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento do Milênio 2006
Maior acesso à água potável e à escolarização e mais ações de ajuda para o desenvolvimento estão entre os avanços ocorridos no mundo a partir de 2000. No entanto, desde 1990 aumentaram os casos de tuberculose, de infecções por HIV e de malária.
O relatório avalia os esforços realizados pelos 191 países membros da ONU, entre eles o Brasil, no cumprimento das oito metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidas até 2015. O principal objetivo do acordo, firmado em 2000, é a erradicação da pobreza extrema e a redução pela metade da proporção de pessoas que vivem com um dólar ou menos por dia.
Entre as metas, a previsão de reduzir pela metade (15%) o número de pessoas que não recebem água potável poderá ser alcançada nos próximos 10 anos. Pesquisa indica que a taxa desse segmento vem caindo e baixou de 30%, em 1990, para 20%, em 2004.
Outro dado é que os investimentos no ensino básico universal devem ser contínuos, especialmente na África Subsaariana. Apesar da escolarização primária ter aumentando " de forma acelerada ", segundo o relatório, em relação a uma taxa de escolarização de 50%, em 1990, mais de um terço das crianças em idade escolar ainda não freqüentam o ensino regular.
O relatório revela que está comprometida a meta de reduzir pela metade a percentagem dos que não têm acesso a melhores condições de saneamento básico. O compromisso até 2015 é de diminuir a taxa do segmento em 33%, o que vai exigir maior aceleração de investimentos e de políticas públicas. Atualmente, metade do mundo sofre com problemas de saneamento básico, índice considerado muito alto. Antes do ODM a taxa era de 65% da população sem saneamento.
Quanto ao aumento dos casos de doenças, a ONU considera positiva a sensibilização internacional que mobilizou a doação de bilhões de dólares a fundos especializados. A entidade avalia que tiveram êxito os países que adotaram ações para combater o problema, como a distribuição de redes de proteção contra mosquitos, no caso da malária, e a modificação de comportamentos, no caso do HIV.
Por Norma Nery (Agência Brasil)