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Servidores do INSS decidem não fazer greve, por enquanto

Pelo menos por enquanto, os servidores da Seguridade Social não vão entrar em greve. A decisão foi tomada em assembléia nacional da categoria, realizada no final de semana em Brasília.

A Federação Nacional dos Servidores da Previdência e Saúde orienta os sindicatos filiados a realizarem manifestações nos Estados.

Os servidores reivindicam implementação do plano de carreira, redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais e contratação de novos profissionais. De acordo com a diretora jurídica do sindicato estadual da categoria, Ana Lago, os previdenciários do Rio Grande do Sul seguirão a orientação de não realizarem greves. "Reivindicamos plano de carreira, melhoria das condições de trabalho, que são péssimas, e reajuste salarial. Paralisação, no momento, não temos nenhuma. Só mobilização para fazer essa discussão e construir um movimento nacional de mobilização junto a todas as categorias de servidores federais, por uma política salarial de recuperação das perdas, sem gratificação por produtividade. Porque na realidade o Governo quer colocar a gratificação por produtividade, e isso ajudaria apenas o pessoal da ativa, os aposentados ficariam de fora. Tanto ativo quanto aposentado tem direito a reajuste salarial", afirma.

No último dia 21, cerca de 60% dos funcionários do INSS e do Ministério da Saúde realizaram paralisação em Porto Alegre e no interior. De acordo com o Sindisprev, a paralisação nacional alcançou seu objetivo de abrir negociação com o Governo Federal. A principal orientação do sindicato aos trabalhadores é que não seja assinado o termo de opção da Medida Provisória 301, que ainda será votada pelo Senado Federal provavelmente após o primeiro turno das eleições. De acordo com Ana Lago, o termo de opção foi uma proposta do Governo Federal aos trabalhadores, colocada no lugar do plano de carreira que deveria ter sido implementado em março deste ano.

"Neste termo de opção, os servidores perdem alguns direitos, do modo como está colocado agora. Estamos orientando os servidores a não assinarem o termo de opção e estamos negociando com o governo para que não haja perda de direitos. Como não conseguimos modificar isso na Câmara, estamos discutindo no Senado para modificar a redação da Medida Provisória", afirma