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III Marcha do Salário Mínimo reúne trabalhadores de todo o país

Milhares de trabalhadores ocuparam, na manhã de quarta-feira (06), a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na III Marcha Nacional do Salário Mínimo. A manifestação, organizada pela CUT e demais centrais sindicais (CGT, CGTB, SDS, Força Sindical, CAT e Nova Central), saiu do Estádio Mané Garrincha, por volta das 10 horas e seguiu para o Congresso Nacional, onde foi realizado um grande ato público, a partir do meio-dia. Participaram da Marcha, cerca de 20 mil pessoas.

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a manifestação superou as expectativas e mostrou a importância da unidade das centrais sindicais em torno de uma reivindicação que beneficiará mais de 40 milhões de trabalhadores constituindo-se numa grande mobilização pelo desenvolvimento com distribuição de renda.

“Esta unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais é fundamental para que a gente consiga implementar as mudanças que o país necessita. Mas vamos ter que fazer muita pressão para garantir a continuidade deste processo que objetiva garantir melhores condições de vida para os trabalhadores”, afirmou.

Artur fez questão de frisar a necessidade de também implantar o reajuste da tabela do imposto de renda em 7,77%, outra reivindicação da Marcha. “A não correção trouxe um arrocho muito grande para uma parte importante da população, principalmente durante o governo FHC, e esta situação tem que ser corrigida”, afirmou.

Para Celso Woyciechowski, o presidente da CUT-RS, a manifestação, além de tratar de questões pontuais como o salário mínimo e a correção da tabela do IR, está servindo como um grande encontro de lideranças sindicais e sociais. "É importante porque o universo dos trabalhadores dialóga sobre questões comuns e prepara o próximo período em sintonia fina, como o foco nas principais bandeiras dos trabalhadores", observa.

Senado

Representantes de sete centrais sindicais entregaram a pauta de reivindicações com reajuste de 20% para o salário e correção de 7,7% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Com isso, o salário mínimo passaria dos atuais R$ 350 para R$ 420 e diminuiria o imposto pago pelo trabalhador.

O senador se comprometeu a defender a melhor proposta para o mínimo, mas evitou falar em percentuais de aumento. “Acho que o maior salário mínimo é aquele que a economia puder pagar”.

Para o presidente da CUT “as centrais querem uma política de valorização permanente do salário mínimo com crescimento da economia”. Ele disse que a manifestação ocorrida de manhã em Brasília. “Foi uma grande demonstração de unidade e maturidade da classe trabalhadora”.

Fonte: CUT e Agência Brasil