Trabalhadores preparam 1º de Maio no Estado
A luta pela manutenção dos direitos dará o tom das atividades do Dia do Trabalhador que acontecem em todo o Rio Grande do Sul, no 1º de Maio. Mobilizações ocorrem em Cruz Alta, Caxias do Sul, Pelotas, Erechim e Porto Alegre.
Na capital, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fará um ato político, a partir das 10h, no Parque da Redenção. O ato ocorre num momento de ataque aos direitos dos trabalhadores, com a tentativa de aprovação da chamada Emenda 3. De acordo com o presidente estadual da CUT, Celso Woyciechowski, uma das bandeiras deste ano será a redução da jornada de trabalho.
“Este ano vamos trabalhar uma visão mais classista, olhando para questões relacionadas ao mundo do trabalho, as conquistas que precisamos ter, como por exemplo a redução da jornada de trabalho e a valorização do trabalho. Será um 1º de maio para afirmar as conquistas dos trabalhadores e a luta por novas conquistas”, diz.
As regionais da CUT também realizam manifestações em Caxias do Sul, Pelotas e Erechim. Em Cruz Alta, a central se soma à 11ª Romaria do Trabalhador, organizada pela Pastoral Operária do Rio Grande do Sul.
Realizada há 20 anos, a Romaria do Trabalhador reunirá milhares de trabalhadores ligados a sindicatos, movimentos e pastorais sociais. A atividade começa às 9h da manhã, com uma caminhada que parte do centro de Cruz Alta até o parque de exposições da cidade. A Romaria pretende defender os direitos dos trabalhadores e discutir o tema do desemprego e do êxodo rural na região, como explica Clarice Dal Médico, da coordenação estadual da Pastoral Operária.
“Nós trabalhamos com o tema que é ‘Trabalho e Educação para uma nova sociedade’, e isso está bem localizado na região de Cruz Alta. Nós percebemos um êxodo rural, principalmente da juventude, com a necessidade de buscar um lugar para estudar. Junto com isso, a gente trabalha o processo de uma concentração de renda muito grande, em detrimento dos trabalhadores do campo e da cidade, que só ficam com as migalhas. Então a denúncia está na exploração do trabalhador, no problema do desemprego e o descaso do Estado brasileiro com a vida dos trabalhadores”, afirma.
Fonte: Luiz Renato Almeida/Agência Chasque