Na primeira semana, Greve em 38 IFES, demonstra a Unidade da categoria
A Greve dos Trabalhadores Técnico-Administrativos das Universidades Federais Brasileiras é marcada, em seu início, pela incontestável e histórica adesão da maioria dos sindicatos da base da Fasubra, o que demonstra a percepção por parte dos trabalhadores da importância do momento e da necessidade de interferir na conjuntura para assim garantirmos os nossos direitos e, demonstrarmos mais uma vez a nossa disposição de luta na defesa da Universidade Publica, Gratuita E de qualidade e também para que tenhamos salários dignos, que nos tire da condição que hoje nos encontramos de pior teto e pior piso salarial do serviço público federal.
O foco da greve, assim como o seu indicativo para o dia 28/05, articulado a questões gerais como a Luta Contra o PLP 01, a Restrição de Exercício de Greve e a transformação dos Hospitais Universitários em Fundação Estatal, entre outros pontos da nossa pauta, foram determinados pela necessidade de que seja estabelecido um real processo negocial, onde o governo apresente a política e a metodologia que pretende instituir na retomada da negociação com a Fasubra, alicerçado na garantia da inclusão no Orçamento da União de Recursos para: a reestruturação e aprimoramento da carreira visando entre outras coisas à resolução do VBC, a racionalização dos cargos e a alteração do anexo IV da Lei n.11.091/2005 e também a garantia de recursos para o Plano de Saúde Complementar.Também nos impulsionou á luta, a defesa dos Hospitais Universitários e a nossa contrariedade à proposta de Fundação Estatal, bem como a falta de uma maior objetividade acerca de um cronograma de negociação, apresentado de forma verbal pelo Ministro da Educação.
O envolvimento da categoria no movimento, nos faz acreditar que nossa decisão de indicarmos a greve por tempo indeterminado foi correta, fato comprovado pela adesão de 38 Entidades, demonstrando a unidade e a disposição de luta da nossa categoria. Este grau de adesão no inicio de um movimento é um dos maiores já registrados na história da federação.
As assembléias de deflagração da greve estão acontecendo com participação significativa de trabalhadores, o que nos comprova o quanto a categoria está entendendo o momento que vivemos e a necessidade de intensificarmos a luta.
Outra marca desta greve é a compreensão por parte da base da categoria de que temos que dialogar com a sociedade, tanto é que, várias Entidades de Base já promoveram atividades de rua, atividades nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas, buscaram e conseguiram apoio de Conselhos Universitários e etc.
O Comando Nacional de Greve – CNG, nesta primeira semana, desenvolveu várias ações, como atividades no Congresso Nacional, buscando a intermediação de parlamentares dos diversos partidos, com gestões junto ao Governo, para que seja mantida a reunião do dia 06 de junho, com apresentação objetiva de uma proposta de negociação. Buscou também o diálogo com diversos setores do governo, no sentido de obter intermediação junto ao MEC e MPOG, para que tenhamos a instalação da mesa de negociação.
Outro elemento importante para o momento foi à visita da Andifes ao CNG, que entendemos como positiva na medida em que seu presidente se colocou a disposição do movimento para fazer gestões junto ao MEC e ao MPOG, no sentido de garantir a reunião do dia 06.06.07 com proposta objetiva.
O CNG orienta aos comandos locais de greve que façam análise da conjuntura e:
– Participação no dia Nacional de Luta em Defesa do Ensino Público convocado pela UNE, dia 6/6, pois a UNE entrou em contato conosco solicitando construção conjunta nas universidades deste ato, portanto o CNG orienta que articulem apoio com a comunidade universitária e em especial com os DCEs integrando-se na realização do Dia Nacional de Lutas em frente as reitorias, com entrega de documentos para os reitores.
– Ampliem as mobilizações dentro das universidades objetivando a máxima participação da categoria;
– Que façam contatos com conselhos municipais e estaduais de saúde, solicitando que os mesmos se manifestem a respeito da defesa dos HUs;
– Que busquem apoio junto aos parlamentares municipais, estaduais e federais garantindo o comprometimento destes com o movimento grevista;
– Que busquem dialogar com a sociedade dizendo-lhe o que significaria para a população carente a transformação dos HUs em fundações estatais;
– Que organizem e promovam, como atividade de greve, debates sobre: *Fundação Estatal;
*PAC/PLP-01; *Direito de Greve no funcionalismo público;
– Que organizem nos Estados um dia de mobilização nos HUs com panfletagem e atividades como: doação de sangue verificação de pressão arterial, aferição de nível de glicose entre outras;
– Que acionem as CUTs Estaduais no sentido de que estes encampem a nossa luta;
– Que busquem espaço na mídia, se possível com realização de coletivas à imprensa, para a divulgação da nossa greve o do porquê de estarmos em greve.
Fonte: IG da Fasubra – JUN-01