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Plenária dos SPFs aprova promover mobilizações em junho

Os servidores públicos federais vão realizar uma série de atos em Brasília, no mês de junho, para protestar contra qualquer projeto que retire direitos dos trabalhadores. A decisão foi tomada em plenária nacional da Cnesf (Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais), realizada no domingo, 3 de junho, com a participação de 98 delegados e 29 observadores de várias categorias do funcionalismo público federal. Da base da Assufrgs, participaram da plenária os colegas Rose, júlio, Chiquinho e Chacal.

Os delegados aprovaram promover uma jornada nacional de mobilizações, de 11 a 15 de junho; caravanas a Brasília dos setores em greve, no dia 12 de junho; e participação no ato do MST, no dia 14 de junho. A orientação da plenária é que as entidades nacionais joguem peso nas caravanas, em especial no dia 14, para reforçar a manifestação dos trabalhadores rurais, que estarão participando, no mesmo período, do 5º Congresso Nacional do MST, em Brasília.

Além dos atos, os delegados também aprovaram a realização de reunião ampliada da Cnesf no dia 15 de junho, com a participação dos dirigentes das entidades nacionais e dos sindicatos de base, para discutir o indicativo de greve unificada. E no dia 30 de junho, haverá outra plenária nacional dos SPFs, em Brasília.

Na plenária, representantes das entidades nacionais avaliaram o Dia Nacional de Lutas, convocado pela Cnesf, CUT, Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), Intersindical, MST e outras organizações de esquerda. O coordenador-geral da Fenajufe Cláudio Klein informou que a Federação e seus sindicatos filiados, embora não tenham deliberado pela deflagração da greve, convocaram os servidores do Judiciário Federal e do MPU a participarem do Dia Nacional de Lutas e que, em vários Estados, a categoria se juntou aos demais setores da classe trabalhadora. Segundo ele, os servidores entendem que o congelamento salarial, embutido no PLP 01/07; a restrição do direito de greve; e a reforma da Previdência, que está sendo discutida pelo governo federal e propagandeada pela grande imprensa, são graves ataques contra os trabalhadores e, por isso, foram às ruas no dia 23 de maio.

Representantes das categorias em greve, como os servidores do Ibama, Incra, Ministério da Cultura e universidades públicas, também deram informes de como está o movimento em nível nacional. Embora setores de sua base estejam em greve, a direção da Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Públicos) não participou da plenária por ter divergências com a forma como são conduzidos os trabalhos da Cnesf, conforme explica documento lido na plenária, encaminhado pela entidade.

Em relação às discussões com o governo federal, a plenária dos SPFs aprovou que a Cnesf reivindique que o grupo de trabalho sobre negociação coletiva no serviço público funcione como uma mesa nacional de negociação permanente, com a participação de todas as entidades nacionais dos servidores federais, tendo em vista que o governo estabeleceu que os servidores serão representados por apenas seis entidades. Tal posicionamento deve ser apresentado pelos dirigentes das entidades ao Ministério do Planejamento, que está à frente da criação do GT.

Fonte: Leonor Costa/Assessora de Imprensa da Fenajufe