Policiais civis cruzam os braços nesta quinta-feira, dia 3 de julho
Policiais civis paralisam durante todo o dia nesta quinta-feira (3). Somente os registros de crimes graves (homicídio, latrocínio, estupro, entre outros) serão mantidos.
A categoria cobra ações da governadora Yeda Crusius para reivindicações que já foram apresentadas e reiteradas a diversos interlocutores desde o início do atual governo.
Além de reajuste salarial, os policiais querem discutir um plano de carreira e solução para o direito de aposentadoria para quem exerce atividade de risco. Esse direito é previsto na Constituição Federal (artigo 40, § 4°), mas vem sendo negado pelo governo. Em janeiro deste ano, durante audiência, a governadora prometeu fazer encaminhamentos, mas nada, de fato, aconteceu. A paralisação é organizada pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm).
Ontem, dia 2, diretores do sindicato participaram de reunião com o novo chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel. O pedido de audiência da Ugeirm com a governadora ainda não teve resposta do Palácio Piratini. Se continuar fritando seus interlocutores, a comunicação do “novo jeito de governar”, que é péssima, não observará melhoria.
“Levamos nossa pauta de reivindicação. Ele se apresentou, disse que tem interesse em encaminhar nossas demandas, mas não apresentou nada de concreto. Wenzel pediu para que a paralisação fosse suspensa. Respondemos ser impossível frear o movimento que partiu dos policiais. Informamos ainda que as aproximações da governadora e afagos públicos à Brigada Militar aumentam a insatisfação da nossa base, que nos cobra uma greve por tempo indeterminado”, resume Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm.
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