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Diversidade marca passeata que deu início a encontro em Belém

O ponto de partida da caminhada foi a praça Pedro Teixeira (Escadinha) ao lado da Estação das Docas. Representando a vinda do FSM da Àfrica para a Amazônia, os povos indígenas da região foram recebidos pelos povos africanos e afrodescendentes e juntos compartilharam uma Ceia Sagrada. Dezenas de milhares de pessoas participaram da marcha. Segundo a polícia, cerca de 60 mil. Segundo organizadores, número de participantes foi bem maior, podendo chegar a quase 100 mil pessoas. Nem a chuva que caiu em meio à caminhada, tirou o ânimo dos participantes

Movimentos em defesa do meio ambiente, do direito das mulheres, das populações indígenas e negras, dos trabalhadores seguiram juntos pelos quatro quilômetros de percurso.

Participantes formavam “alas”, cada uma defendendo os direitos de segmentos específicos da população. No mesmo espaço estavam, por exemplo, movimentos contrários à instalação de usinas hidrelétricas na Amazônia e trabalhadores do setor elétrico que defendiam a Usina do Belomonte, no Xingu.

Uma bandeira da Palestina de três metros foi carregada por toda caminhada. O percurso também foi animado por tambores que tocavam samba, música afro e outros ritmos populares.

Até um grande boi inflável passou pela caminhada, carregado por manifestante que utilizava uma máscara do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A alegoria do Greenpeace queria chamar a atenção para o avanço da pecuária na Amazônia. Segundo o coordenador de políticas públicas da ONG, Sérgio Leitão, “é um alerta de que é preciso preservar a Amazônia, gerar atividades que sejam rentáveis econômica e sustentavelmente. Esse boi não fica aqui. A maior parte é exportada. Tudo às custas da floresta.”

A ex-senadora Heloísa Helena também participou da caminhada. A militante do PSOL foi muito assediada, recebeu abraços e muitos pedidos de fotos. Heloísa Helena não acredita que o Fórum vá apontar soluções para a crise, mas afirma que será um espaço importante para o debate de alternativas.

“É um momento importante de construção de políticas alternativas e esperamos estar à altura das responsabilidades que parte do Brasil e do mundo esperam de todos nós.”

Segundo o coronel Marques, comandante do policiamento na capital, não houve nenhuma ocorrência grave. Entretanto, durante a passagem dos participantes em frente à sede da filiada da TV Globo no Pará, ovos foram arremessados contra o prédio.

O evento terminou na Praça do Operário com apresentação de danças e músicas de tribos indígenas da Pan-Amazônia.

Fonte: Agência Carta Maior e Agência Brasil