Entidades da sociedade civil organizada lançam Fórum Popular da Educação
Entidades da sociedade civil organizada ligadas a educação realizaram na tarde desta sexta-feira 6, em frente ao Instituto de Educação, em Porto Alegre, o lançamento do Fórum Popular da Educação Pública Gaúcha. O lançamento foi feito com muitas críticas ao governo do estado, que impediu a realização do evento nas dependências da escola.
O auditório tinha sido reservado pelo CPERS/Sindicato há uma semana, inclusive com o pagamento de uma taxa pela sua utilização. Mas na manhã desta sexta, a entidade sindical foi surpreendida ao ser informada que não poderia usar as dependências do Instituto de Educação para a realização deste tipo de evento.
Pressionaram a direção da escola, que é mais uma vítima da atual política da educação adotada no Rio Grande do Sul, baseada em decretos e outras formas de repressão. "O governo diz que vai criar leis para a utilização de dependências das escolas públicas, espaços que, certamente, serão negados para a comunidade escolar", enfatizou a presidente do CPERS/Sindicato Rejane de Oliveira.
Para Marli Zimermann de Moraes, do MST, a educação sempre foi bandeira de luta para o movimento, uma educação voltada para a formação humana. A referência era para o fechamento das escolas itinerantes do movimento, com o argumento de que se tratavam de escolas ideológicas.
"Aqui dentro (do Instituto de Educação) nos organizamos para derrubar o calendário rotativo, agora, num retrocesso sem tamanho, tentam impedir de se debater a educação dentro das instituições de ensino", criticou Bernadete Menezes, da direção da Assufrgs.
O Fórum tem entre seus representantes pessoas ligadas as Universidades, Centrais Sindicais, Sindicatos, Comissões de Educação da Assembléia Legislativa e da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, ACPM/Federação, Via Campesina e o Movimento Estudantil.
Fonte: João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato