Petroleiros aprovaram greve de cinco dias na REFAP, na segunda-feira
Movimento se espalha no RS e em todas as bases do Sistema Petrobrás no país.
Coordenadores da Assufrgs participaram na frente da Refinaria Alberto Pasqualini em apoio a greve dos Petroleiros
Os trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP S/A – aprovaram a greve unificada na manhã desta segunda-feira (23), em Canoas. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária, ocorrida na entrada de turno, por volta das 8 horas da manhã.
Na permanência de 220 trabalhadores, de diversos setores da refinaria, exatos 183 petroleiros se manifestaram favoráveis pela paralisação com corte na produção. Outros 33 votaram contra a proposta e QUATRO trabalhadores optaram pela abstenção durante a assembleia. A manifestação esteve representada por 26% do total de 848 petroleiros concursados na REFAP.
A Greve vem sendo indicada por todas as centrais sindicais petroleiras do Brasil. Algumas já aprovaram a paralisação ainda na semana passada. O movimento prevê que a greve se estenda por cinco dias, com avaliação no quinto dia, podendo a direção da Empresa iniciar negociação a qualquer momento.
Além dos trabalhadores dos 11 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve conta com a adesão dos sindicatos da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), composta pelos trabalhadores dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Litoral Paulista (SP), São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Sergipe/Alagoas (PE).
Dentro do sistema de divisão da Participação nos Lucros Reais da Petrobrás (PLR) a estatal anunciou que não haverá divisão para os petroleiros das refinarias Alberto Pasquilini (Canoas), TBG (Gasoduto Brasil-Bolivia) e Petroquisa (holding estatal de participações societárias).
A greve unificada é uma resposta da categoria petroleira aos ataques que tem sofrido sob a justificativa da crise financeira internacional. Tanto a Petrobrás, quanto as suas prestadoras de serviço têm cortado e flexibilizado uma série de direitos dos trabalhadores, recusando-se a avançar nas negociações com as Centrais Sindicais.
EIXOS DE LUTA DA GREVE DOS PETROLEIROS
• Estabelecer regras e a distribuição justa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um direito previsto em Lei, negado aos petroleiros do RS em 2009;
• Preservar os postos de trabalho nas empresas contratadas pela Petrobrás;
• Acabar com a precarização das condições de trabalho e os acidentes que matam petroleiros todos os meses;
• Garantir o pagamento das horas extras dos feriados trabalhados;
• Auxílio maternidade de 180 dias.
Fonte Sindipetro-RS