Mais de cinco mil pedem impeachment da Governadora Yeda dia 18/6, nas ruas do centro de Porto Alegre
FORA YEDA
Desta vez sem chuva e com a temperatura na casa dos 17ºC mais de 5 mil vozes pediram nas ruas do centro de Porto Alegre, o impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). A manifestação foi organizada pelas centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis e Fórum dos Servidores Públicos Estaduais – FSPE-RS.
O dia de protesto começou em frente ao Ministério Público Federal e seguiu em direção ao Palácio Piratini, passando pelas ruas Mauá, Borges de Medeiros e Jerônimo Coelho. Em frente ao Palácio, munidos de vassouras e baldes com água, os manifestantes lavaram a calçada que separa a sede do governo gaúcho e a Assembleia Legislativa.
Do Legislativo, foi cobrada a imediata instalação da CPI da Corrupção. De acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, 57% da população gaúcha entende que o Governo Yeda está envolvido em corrupção. Destes, 70% querem o seu imediato afastamento e 80% acham necessária a instalação da CPI. Historicamente, o povo gaúcho não aceita governos corruptos.
“A CPI é uma forma de se averiguar as irregularidades apontadas e que a sociedade gaúcha tem cobrado. Precisamos enfrentar o Governo Yeda, barrar os ataques aos direitos dos trabalhadores, reinstalar a democracia no estado e acabar com a corrupção que se instalou no Palácio Piratini”, destacou Rejane de Oliveira, presidente do CPERS/Sindicato, que falou em nome do FSPE-RS.
O autoritarismo do Legislativo gaúcho, verificado em recente vigília dos servidores públicos na Praça da Matriz, também foi lembrado durante a manifestação desta manhã. O presidente do Sindicaixa e membro do FSPE-RS, Érico Correa, lembrou do episódio em que a direção da Casa Legislativa determinou que a segurança retirasse a força faixas e banners usadas no protesto.
A administração estadual está envolvida em denúncias de corrupção. Somente do Detran foram desviados R$ 44 milhões. A sociedade está envergonhada diante de tantos escândalos. Como se não bastasse a crise moral, Yeda não tem medido esforços para destruir os serviços públicos, atacar as carreiras e as organizações dos servidores públicos e criminalizar os movimentos sociais.
As centrais sindicais, os movimentos sociais e estudantis e o FSPE-RS deixaram claro que não darão trégua a um governo envolvido em permanente crise, envolvido em corrupção e que insiste em atacar os direitos dos trabalhadores. Os servidores públicos voltaram a deixar claro que não aceitam alterações nos planos de carreira.
Fonte Site Semapirs