15º Grito dos Excluídos protesta contra a corrupção e prega a valorização da vida
Com os temas "A vida em primeiro lugar” e “Abaixo a corrupção”, a 15ª edição do Grito dos Excluídos reuniu na manhã desta sexta-feira (4) centenas de pessoas nas ruas do centro de Porto Alegre. A manifestação foi organizada pelas pastorais sociais, centrais sindicais e movimentos sociais.
A concentração começou em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Depois seguiu pelas ruas General Câmara, Caldas Junior, Siqueira Campos e Borges de Medeiros. Ffoi encerrada na Esquina Democrática. No trajeto, os movimentos se manifestaram em frente aos prédios do Palácio da Justiça, Banrisul e Prefeitura da capital.
Na Praça da Matriz, a presidente do CPERS/Sindicato, Rejane de Oliveira, falou em nome do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE). Aproveitou para reafirmar que o governo Yeda Crusius representa o maior esquema de corrupção já visto no estado, um esquema liderado pela governadora. Rejane lembrou que o dinheiro da corrupção é o mesmo que falta para os serviços públicos. Concluiu afirmando que o Fora Yeda/Impeachment Já tem que ser a palavra de ordem no estado.
Já em frente ao Palácio de Justiça, o dirigente do MST, Cedenir de Oliveira, lembrou os lutadores que estão tombando na luta contra as injustiças. Fez referência especial ao assassinato do sem terra Elton Brum da Silva durante desocupação de uma fazenda no município de São Gabriel. Elton foi morto no dia 21 de agosto com um tiro nas costas, disparado por um policial militar. Cedenir responsabilizou o latifúndio e o governo do estado pelo assassinato de Elton. Também foi lembrada a morte de Jair da Silva, assassinado por um policial militar durante protesto realizado em defesa do emprego, em 2005, no município de Sapiranga.
Na agência central do Banrisul, as falas foram direcionadas ao vice-presidente Rubens Bordini. Ex-aluno de Yeda, Bordini sempre atuou como tesoureiro nas campanhas da tucana. Conforme denúncia do Ministério Público Federal, ele participou do esquema de corrupção montado no Detran-RS na condição de recebedor de valores indevidos destinados à ré Yeda Crusius. Do prefeito José Fogaça, os manifestantes cobraram mais investimentos na construção de moradias voltadas a atender as necessidades dos trabalhadores.
O ato foi finalizado na Esquina Democrática com a fala dos representantes das centrais sindicais e da Pastoral Operária.
Fonte: João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato