Debates públicos sobre o Parque Tecnológico começam terça-feira (23/3)
Campus Vale – Terça-feira – 23/3, às 16h
Auditório do Instituto de Informática.
Campus Centro – Quarta-feira – 31/3, às 18h30
Anfiteatro da Faculdade de Direito Av. João Pessoa, 80
As recentes mobilizações protagonizadas por estudantes, funcionários, professores, movimentos sociais e sindicatos, que questionaram o processo de implementação do Parque Tecnológico, atingiram um objetivo crucial: tornar público o debate sobre sua consolidação. Até então as discussões restringiam-se a alguns setores da universidade, que ignoraram o Novo Código Civil (referentes a temas polêmicos e realização de audiências públicas) para malogro da comunidade acadêmica e sociedade em geral. Temos agora a oportunidade de debater o projeto do Parque Tecnológico da UFRGS e levantar questões relevantes quando o assunto é a universidade e a produção de conhecimento desta para a sociedade.
A falta de debate sobre o parque tecnológico denunciado pelo movimento estudantil com apoio de outras entidades da comunidade universitária e da sociedade ficou demonstrada pelo calendário apresentado pela Reitoria no site da Ufrgs.
No novo crongorama consta os debates sobre o Parque Tecnológico marcados para os dias 23 e 31 de março, coisa que não existia antes.
Os debates foram conquistados após a mobilização dos estudantes, com apoio da Assufrgs e outras entidades dos movimentos (Clique aqui e leia o blog do movimento) .
Historico da mobilização
A mobilização iniciou a partir da aula pública no dia 3/3, em frente a Faculdade de Educação. Durante a atividade chegou a caminhada das Mulheres da Via Campesina que entraram na universidade.
O movimento marcou a unidade das mulheres do campo e da cidade, dos estudantes e dos trabalhadores reivindicando que o debate sobre o Parque Tecnológico tivesse a participação dos movimentos sociais, como forma de estimular e desenvolver políticas públicas e tecnologias para resolver os problemas da população.
Neste dia entregaram uma solicitação ao reitor para que retirasse da pauta do Consun e abrisse o debate. O reitor recebeu o documento, ouviu os movimentos, mas não quis atender a solicitação. Os estudantes reivindicavam o debate sobre o Parque e a retirada da pauta do Consun.
Como o Reitor se recusou a negociar e debater a proposta, os estudantes fizeram uma vigilia, na noite anterior e bloquearam a entrada da Reitoria.
Pela manhã a vigilância tentou forçar a entrada e os estudanres resistiram, o que gerou um constrangimento na comunidade, com agressões e confronto físico o que não ocorria há no minimo uns 20 anos.
Após este incidente foi formada uma comissão entre os movimentos e o Conselho Universitário que organizou os debates públicos sobre o Parque Tecnológico.