28 de Abril é o Dia Nacional em Memória às Vítimas de Acidente de Trabalho
Hoje, 28 de Abril, é o Dia Nacional em Memória às Vítimas de Acidente de Trabalho, as seis principais centrais sindicais – CTB, CUT, CGTB, NCST UGT e Força Sindical – estarão em Brasília para denunciar, em um ato público, o descaso do setor patronal no que diz respeito aos acidentes e doenças do trabalho e cobrar do Estado na esfera municipal, estadual e federal, ações de proteção à saúde do trabalhador.
Porto Alegre – Para marcar a data, o Fórum Sindical Saúde do Trabalhador (FSST) realiza ma manifestação pública, durante toda a manhã. Serão promovidas palestras e debates no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre. A saúde do trabalhador, as condições de trabalho e outros assuntos serão discutidos por líderes sindicais, políticos, profissionais da área da saúde, especialistas jurídico do trabalho, e claro, trabalhadores em geral.
Origem da data
Era 28 de abril de 1969. Uma explosão mata 78 trabalhadores de uma mina, no estado da Virgínia, nos EUA. Em 2003, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) consagrou a data à reflexão sobre a segurança e a saúde no trabalho. Dois anos depois, através da lei nº 11.121, é instituído o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Estatísticas
As estatísticas sobre acidentes de trabalho no Brasil justificam a mobilização, que será coordenada pela Fetrafi/RS. Em 2008, foram registrados 747mil acidentes de trabalho, originando 2.757 mortes e 12.071 casos de trabalhadores ou trabalhadoras que sofreram incapacidade permanentemente.
O contexto atual do trabalho é digno de cuidados. Os empregados convivem com diversos problemas, que expõem a saúde física e mental de maneira permanente. A implantação tecnológica nos processos produtivos exige dos funcionários atualização constante para acompanhar a evolução dos equipamentos. Além disso, a intensificação do ritmo de trabalho e as longas jornadas estafam os trabalhadores, que são obrigados a cumprir metas abusivas. A este contexto, soma-se a prática desumana do assédio moral, que praticada pelos patrões, expõe o trabalhador a humilhações, causando doenças psicológicas e físicas.
O aumento dos acidentes de trabalho, que incorpora apenas os trabalhadores celetistas, é resultado da implantação do Nexo Técnico epidemiológico Previdenciário (NTEP). O Nexo atende parcialmente uma antiga reivindicação do movimento sindical, em razão da subnotificação das doenças do trabalho, mas deixa de fora os servidores públicos e os trabalhadores da economia informal.
Todos os anos no Brasil são gastos bilhões em recursos públicos com os acidentes de trabalho. Em 2008 foram R$46 bilhões com assistência médica, benefícios por incapacidade temporária ou permanente e pensões por morte de trabalhadores vítimas das más condições de trabalho.
Com informações Site Vermelho e CUT/RS