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Reunião esclarece dúvidas sobre o Plano de Saúde, mas a luta continua!

A reunião convocada pelo Conselho de Delegados para esclarecer dúvidas dos servidores sobre o novo plano de saúde contratado entre a Ufrgs e a Unimed, ocorreu na quinta-feira (29) no auditório da Faculdade de Economia e contou com a presença de cerca de 30 servidores.

Apesar dos esclarecimentos feito pelo coordenador da Assufrgs, Sílvio Corrêa, pela diretora da Divisão de Saúde Suplementar (DSSU) da Progesp, Lurdes Fernandes, e pelo diretor do Departamento de Administração de Pessoal, Marcelo Soares Machado, o sentimento geral dos participantes foi que o plano não atende a maioria dos técnico-administrativos.

Na avaliação de uma servidora este plano atende aos interesses dos professores devido aos seus altos valores. O plano também é bom para quem tem pouca idade e está ingressando na universidade, mas para a maioria dos técnico-administrativos que já estão numa idade avançada ou estão prestes a se aposentar o plano é nefasto.

Plano penaliza que tem mais de 60 anos
Loraci Silva (51 anos) escreveu na página da Assufrgs que na transferência do seu plano atual da Unimed, semiprivativo, e da sua mãe (75 anos), terá que pagar uma diferença substancial pelo plano da mãe, quase dobrando de preço, e o dela aumentou em quase 70 reais.

Na avaliação dos presentes, para fugir do Estatuto do Idoso o plano baixou a idade de 60 para 59 anos, assim desta forma, quando as pessoas chegam nesta idade os valores são maiores.

Também foi reclamado o fato da pessoa pagar há mais de 20 anos o plano de saúde e isto não ser considerado para nada, nem como valor histórico. “A lógica da legislação dos planos é dobrar o valor quando a pessoa chega aos 60 anos”, explicou Marcelo.

Atendimento fora do estado
A coordenadora de Saúde da Assufrgs, Vânia Guimarães relatou que o atendimento da Unimed em outros estados não é muito bom e que é necessário esclarecer as pessoas quando estiverem viajando, aonde podem receber atendimento em caso de necessidade. Lourdes disse que não é só em casos de viagem, mas existem servidores aposentados que moram em outros lugares. "Nós inclusive já cobramos da Unimed a relação dos locais de atendimento fora do estado. Assim que tiver as informações vamos disponibilizar na página da Progesp, mas é importante que vocês reclamem formalmente para que nós do DSSU possamos cobrar novamente e se for o caso encaminhar para o Reitor e a Progesp, para também se manifestarem”, solicitou Lourdes.

Como calcular o valor
O servidor Paulo Ceroni, através da página da internet, queria saber como se calcula a remuneração: “É o bruto menos os descontos ou é o vencimento básico?” Marcelo esclareceu que é o valor bruto menos os benefícios, mas tem que olhar na tabela para ver qual o valor máximo. Também foi alertado que este plano foi contratado através de licitação e daqui há no máximo quatro anos terá que ser feita nova licitação e talvez possa até mudar a operadora.

Luta pelo ressarcimento
Para as pessoas que têm outro plano de saúde e não vão aderir a este novo, é importante que entrem com o pedido administrativo na Ufrgs solicitando o ressarcimento. “A partir deste procedimento se pode fazer pressão sobre a universidade e esta sobre o Ministério do Planejamento para modificar a portaria”.

A melhor solução, no momento, é lutar para garantir que quem tem outro tipo de plano de saúde possa receber o ressarcimento, como estava ocorrendo antes da licitação e da contratação deste plano. “Contrato com ressarcimento seria a melhor solução, por isto temos que pressionar a Universidade e a Fasubra para que pressionem o Ministério do Planejamento e seja modificada a portaria que proíbe ressarcimento nos casos de contrato” explicou Sílvio.

Para o delegado dos aposentados Jessi Couto e a mulher que atualmente pagam R$ 230,00 para os dois, no convênio com a Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (AFPERGS), não é vantagem migrar para este novo plano. “Mesmo sem receber o ressarcimento”, relatou.

Os representantes

Primeiro pagamento
Para quem vai aderir ao plano pela primeira vez o primeiro pagamento é problemático. Sílvio relatou o caso de um servidor que terá que pagar R$ 800,00 na hora da adesão, mas só vai receber o valor referente da contrapartida (como se chama atualmente o ressarcimento para quem migra ou adere ao novo plano) no outro mês. “Já solicitamos ao Reitor que interceda no sentido de procurar parcelar este primeiro pagamento, mas ainda não recebemos resposta”, esclareceu Sílvio.

A reunião foi muito boa e produtiva, os servidores puderam esclarecer as dúvidas e ainda foram definidos encaminhamentos para continuar a luta pela garantia do plano de saúde para todos os servidores. “Vamos continuar brigando” concluiu Sílvio.