Greve dos bancários entra no segundo dia
A greve dos bancários segue hoje sem perspectiva à vista de acordo entre patrões e empregados.
Apesar de as duas partes afirmarem estar dispostas a negociar, não há qualquer reunião agendada para tentar acertar a correção salarial dos trabalhadores.
No primeiro dia da greve, 4.191 agências ficaram fechadas em 25 Estados e o Distrito Federal, segundo o Comando Nacional dos Bancários.
Somente os bancários do Estado de Roraima não aderiram à paralisação no primeiro momento.
"A greve começou mais forte que a do ano passado, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro dia de paralisação", afirmou Carlos Cordeiro, do Contraf-CUT.
O sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região, informou que 21,1 mil trabalhadores pararam ontem, o equivalente a 15% de um total de 135 mil. Do total de 2.400 agências da Grande São Paulo, 687 fecharam as portas, ainda de acordo com o movimento dos bancários.
Os grevistas pleiteiam 12,8% de aumento sobre pisos e salários, além de ampliação dos ganhos nas participações nos lucros. Os banqueiros ofereceram 8%. A proposta foi recusada.
O piso salarial dos bancários é de R$ 1.250, de acordo com o sindicato.
ESTRATÉGIA
Segundo a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), a greve é "infundada", e foi definida em meio às negociações, sem que houvesse uma situação de impasse.
"Não interrompemos as negociações, e as conversas precisam continuar", afirma o diretor de relações do trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico.
Em São Paulo, as ações dos grevistas se concentraram na região central. Na avenida Paulista, a maior parte das agências não funcionou ou operou com um número reduzido de funcionários.
Muitos bancários acamparam em frente a agências da zona norte.