Policiais e bombeiros do Rio devem decidir hoje o fim da greve
oliciais e bombeiros do Rio decidem em assembleia, prevista para as 18h desta segunda-feira, o fim da greve da categoria. A paralisação foi decidida na noite de quinta (9), quando as três corporações rejeitaram o reajuste aprovado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado).
“Sofremos muita repressão do Estado, além de traição e conivência de alguns policiais. Continuamos em greve, mas podemos pensar em suspender ela hoje depois de ouvir a categoria”, disse o presidente do Sinpol-RJ (Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro), Fernando Bandeira, à Folha.
Na tarde de domingo (12), manifestantes participaram de um protesto, em Copacabana (zona sul), contra prisões de policiais e bombeiros que aderiram a greve. A manifestação reuniu cerca de 200 pessoas.
Alguns representantes do Sindpol chegaram a anunciar na noite de sábado (11) que a greve estava suspensa. Francisco Chao, diretor do sindicato, alegou que bombeiros estariam atuando fora do combinado, ao abandonarem postos de guarda-vidas na orla, deixando desguarnecida a população. As outras entidades que representam os policiais e bombeiros, porém, mantiveram a greve.
“A manifestação de fim de greve foi anunciada por policiais que deixaram de aderi-la. Como presidente do Sinpol afirmo que a greve continua”, disse Bandeira.
No final de semana, o governo do Estado aumentou a pressão sobre os grevistas. O comando do Corpo de Bombeiros anunciou que foi decretada a prisão de 11 líderes do movimento, sob as acusações de motim e incitação a ato ilegal.
Dos 11, 8 haviam sido presos e levados para o presídio de Bangu 1 (zona oeste), onde também está o cabo dos bombeiros Benevenuto Daciolo, detido na quarta-feira (8), quando voltava de Salvador.
Daciolo foi flagrado em escutas autorizadas pela Justiça falando sobre uma possível greve geral e que por isso não haveria Carnaval no Rio e na Bahia.
Folha On Line