Trote sujo entra em pauta na UnB e pode ser proibido pela instituição
Calouros do curso de mecatrônica são submetidos a trote com alcoól no campus da UnB na semana passada: a instituição abriu investigação para identificar os envolvidos
Calouros do curso de mecatrônica são submetidos a trote com alcoól no campus da UnB na semana passada: a instituição abriu investigação para identificar os envolvidos.
Precisou acontecer mais um episódio de humilhação de calouros para que o Conselho Universitário (Consuni) votasse o que estava previsto na pauta sobre as regras de convivência na Universidade de Brasília (UnB). Discutido desde fevereiro do ano passado, o documento que prevê a proibição dos trotes sujos, aqueles que ferem a integridade física e moral dos estudantes, será finalmente apreciado na próxima sexta-feira. O colegiado deve deliberar também sobre consumo de bebidas alcoólicas, realização de atividades, plano de responsabilidade e ética dentro da instituição de ensino superior.
Essa será a primeira definição de normas para a comunidade universitária. Todos os termos expostos começaram a ser formados a partir de uma consulta pública e de debates que duraram seis meses (leia quadro). Depois disso, foi instituído um relator para consolidar o documento. A votação do Consuni significará diretrizes para coibir agressões no meio acadêmico. “Somos frontalmente contrários a qualquer tipo de violência. Desde alunos que coagem outros a irem para um bar beber, sob pena de retaliação, até aqueles que submetem pessoas a situações humilhantes. Somos contra o trote sujo e a favor de medidas que recebam os universitários”, diz o procurador-geral da UnB, Davi Monteiro Diniz.
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Correio Braziliense