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Nota do DCE, ASSUFRGS e APG – Quem tem medo da Democracia?

Arte: DCE

Quem tem medo da Democracia?

 

“Acho que o percentual até poderia ser alterado, mas não acredito que a paridade (entre alunos, professores e funcionários) seja o melhor. O percentual atual representa todos os órgãos colegiados da Universidade. É um bom modelo.” (Carlos Alexandre Netto, Zero Hora, 02 de maio de 2012)

No período de campanha dos candidatos à Reitoria da UFRGS, muito é falado, e pouco pode ser comprovado. Em algumas unidades da Universidade, o candidato Carlos Alexandre Netto tem veiculado que a proporcionalidade de 70/15/15 dos pesos dos votos entre professores, técnicos e estudantes, respectivamente, é responsabilidade do movimento sindical e estudantil organizados (ASSUFRGS e DCE). Uma falácia que não podemos permitir que se passe despercebida.

A bandeira histórica dos movimentos sindical e estudantil é pela Paridade, como já ocorre em diversas universidades do país. Infelizmente, não é o caso de nossa universidade. No ano passado, o atual reitor chegou a falar em alteração do Estatuto, o que muito nos alegrou. No entanto, qual nossa surpresa, sua posição no Consun foi outra, a mesma que expressou ao jornal Zero Hora: a defesa do famigerado 70%,15%15%, que também, não podemos esquecer, contou com votos de alguns colegas técnicos e estudantes.

A construção e o fortalecimento da UFRGS só podem ser feitos de maneira democrática, se tiver a participação de todos os segmentos representados. O atual modelo de consulta, ultrapassado e anti-democrático, só confirma a posição de que na universidade um único setor pode, se for de seu interesse, dirigir todas as decisões sem sequer consultar os demais. Isso é democracia?

Lembramos também que foi o mesmo candidato, que hoje responsabiliza a ASSUFRGS e o DCE pela não-existência da Paridade na consulta, que rasgou o compromisso feito na consulta de 2008, quando não foi eleito com o percentual de 40/30/30 acordado entre todas as chapas, inclusive a sua. O acordo desrespeitado representava um avanço na universidade, mas infelizmente o conservadorismo e corporativismo acabou com qualquer possibilidade de diálogo e continua imperando nos espaços de decisão da UFRGS.

Reafirmamos aqui o nosso compromisso com uma UFRGS cada vez mais democrática e igualitária, em que as decisões possam ser tomadas pelo conjunto da comunidade acadêmica.

 

Por mais democracia, é Paridade já!