Por melhores salários, técnicos da UFRGS interrompem aulas na Reitoria
Manifestação faz parte de movimento nacional pelo reajuste dos técnicos de universidades públicas
Integrantes da Associação dos Servidores da UFRGS (Assufrgs) interrompem nesta manhã a quadra da Reitoria da universidade e prometem paralisar as aulas nos prédios do campus central.
A manifestação faz parte do movimento nacional dos técnicos de universidades públicas por melhores salários. Eles esperam uma reunião na quinta-feira com o governo para tentar um acordo que acabe em contraproposta.
— A reivindicação nacional é do piso de três salários mínimos. Hoje, recebemos R$ 1.034, abaixo de dois salários. Desde 2007 não recebemos uma contraproposta do governo. Estamos no limite — alega a coordenadora-geral da Assufrgs, Bernadete Menezes, que lembra ainda haver um indicativo de greve dos técnicos para o dia 11 de junho.
Além de aumento no salário, os manifestantes pedem paridade na eleição da UFRGS, a qual ocorre ainda este ano. A ideia é dividir o peso dos votos em 40% para professores, 30% para estudantes e 30% para servidores. A previsão do pleito é de 70 % professores, 15% estudantes e 15% servidores.
— Já chegaram alunos aqui (na Reitoria) querendo ir para a aula, dizendo que têm prova, mas está tudo fechado. Nada disso vai funcionar — diz Bernadete.
Os portões trancados surpreenderam os estudantes que chegavam no início da manhã aos prédios da Reitoria. Ao depararem com o acesso bloqueado, alguns alunos já pensavam em retornar para casa.
— Os prédios estão abertos, mas nem nós nem professores temos acesso. Sei de pessoas que fariam seleção de doutorado e podem perder a oportunidade — diz a estudante de Pedagogia, Julia Reis, de 23 anos.