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Técnicos administrativos reivindicam reajuste de salários e melhorias nas eleições da Reitoria

CORREIO DO POVO

Servidores liberam prédios da Ufrgs e devem voltar às atividades nesta quinta

Crédito: Pedro Revillion

 Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que lacraram o prédio da Reitoria e as faculdades de Arquitetura, Educação e Ciências Biológicas, no Centro de Porto Alegre na manhã desta quarta-feira, liberaram as unidades por volta das 13h. A liberação ocorreu porque os trabalhadores conseguiram marcar uma reunião com o Ministério do Planejamento, agendada para esta quinta-feira, às 10h. Os funcionários integram um movimento nacional que reivindica reajuste de salários. Eles também pedem mudanças nas eleições da Reitoria. As atividades na Ufrgs devem ser retomadas nesta quinta.

 A manifestação deixou aproximadamente mil trabalhadores do lado de fora da universidade. Além disso, os alunos foram surpreendidos pela paralisação dos funcionários e ficaram sem aula. Também não funcionaram as agências bancárias localizadas no prédio da Reitoria.

 A Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande Sul (Assurfgs), que representa 4,8 mil sindicalizados da ativa, pensionistas e aposentados, pede vencimentos de, pelo menos, três salários mínimos. Atualmente, o mínimo da categoria é de R$ 1.034. “A Ufrgs é uma das melhores universidades do País, porque a maior parte dos técnicos têm graduação, mestrado, ou pós-graduação”, ressaltou uma das coordenadoras da Assufrgs, Bernardete Menezes.

 Segundo ela, em 20 anos, a classe só conseguiu aumento após a realização de greves. Entre as reivindicações também estão o aumento do vale refeição, que hoje é de R$ 300. “Queremos, no mínimo, o dobro disso”, ressaltou Bernardete. Além disso, os servidores pedem o reposicionamento dos aposentados, os quais teriam sido prejudicados na mudança de carreira.

 Outra questão na pauta é a paridade nas eleições da Ufrgs. Os trabalhadores sugerem uma divisão igual no peso dos votos de professores, técnicos e alunos na escolha do reitor da instituição. Uma assembleia está prevista para ocorrer nesta quinta, às 14h, na Faculdade de Ciências Econômicas, na Capital. Caso as negociações não avancem com o Ministério do Planejamento, os servidores devem parar no dia 11 de junho em todo o País.

 

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