Deu na mídia [CP]: “No País, 47 instituições federais estão em greve – Servidores realizaram assembleia nesta manhã”
Servidores da Ufrgs e UFCSPA decidem manter paralisação
Servidores realizaram assembleia nesta manhã
Os servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) decidiram, na manhã desta segunda-feira, dar início ao processo de paralisação das atividades. No caso da Ufrgs, a decisão ocorre em uma semana importante, já que nesta terça e quarta-feira ocorre a segunda fase das matrículas e na quinta-feira está marcada a eleição para a reitoria da instituição.
A greve definida pela Associação dos Servidores da Ufrgs e UFCSPA (Assufrgs) dá prosseguimento à decisão da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical), que coordena o movimento nacionalmente. Ao todo, são 47 instituições que integram a paralisação.
Segundo uma das coordenadoras da Assufrgs, Bernadete Menezes, a greve é uma mobilização a favor do plano de carreira e do reajuste salarial. Ela lembrou que a categoria está com o salário defasado e que não recebe reposição desde 2007. “Em 2007, a média salarial era superar a dois salários mínimos. Atualmente, não chega a isso. O nosso pedido é para que ele seja superior a três salários”, explicou. Em função dessa situação, as universidades estão com dificuldades de preencher as vagas. “Cerca de 80% da categoria tem curso superior e qualificação, mas mesmo assim, é deixado de lado”, enfatizou.
Atualmente, a categoria é composta por 5,3 mil servidores, sendo que 2,6 mil estão na ativa. Eles atuam em funções de gerenciamento e administração, como coordenação das secretarias, bibliotecas e laboratórios. No ano passado, os profissionais já haviam realizado uma paralisação que durou 90 dias.
Segundo Bernadete, a expectativa é que a mobilização aumente neste ano, já que os professores começaram a fazer paralisações em outras universidades. “A educação superior está sendo colocada de lado pelo governo. É preciso reverter essa situação e existe uma mobilização a favor disso”, destacou. Ele enfatizou ainda que o governo está fugindo do debate. “Realizamos mais de 50 reuniões com integrantes do governo do ex-presidente Lula e da atual, Dilma Rousseff, e não ocorreram avanços”.
Na assembleia ficou definido um cronograma de manifestações, como panfletagens e marchas. Os servidores também realizam o movimento “Vote Nulo”, na eleição para a escolha da nova reitoria da Ufrgs. Segundo a assessoria da Ufrgs, a instituição está acompanhando a mobilização, buscando reduzir ao máximo possíveis transtornos aos estudantes.
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Fonte: Mauren Xavier / Correio do Povo