Deu a Mídia (RG) Mesmo com RUs fechados, DCE mantém apoio à greve na Ufrgs
Servidores completaram nove dias paralisados e professores podem deflagrar a greve na próxima semana
A greve dos servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) completou hoje nove dias e já compromete o funcionamento de diversos setores da instituição. Nesta semana, os restaurantes universitários (RUs) fecharam após a adesão dos nutricionistas. Apesar dos prejuízos aos alunos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) mantém o apoio ao movimento, conforme assembleia que teve a participação de mais de 500 universitários, em 11 de junho.
O tesoureiro Guilherme Andreis relata que os serviços mais afetados pela paralisação, além dos RUs, são o atendimento nas bibliotecas, trabalhos administrativos, secretarias das faculdades, manutenção, hospital veterinário e mesmo na Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Ele explica que os estudantes são solidários à reivindicação dos trabalhadores, que pedem aumento salarial e plano de carreira. Conforme Andreis, é necessária a valorização para que haja qualidade no atendimento.
Conforme a Associação dos Servidores da Ufrgs e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a adesão está em torno de 55% entre os 2,6 mil funcionários da Ufrgs e os 200 da UFCSPA.
Uma segunda assembleia deve ser promovida pelo DCE na próxima semana, quando deve ser abordado o indicativo de greve dos professores da Ufrgs. Nesta terça-feira teve início o plebiscito eletrônico que vai ouvir a opinião de 2,5 mil associados da ativa ao Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), sobre a possibilidade de paralisação. A consulta vale para os integrantes das duas universidades e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS/Porto Alegre e o IFRG/Restinga).
O plebiscito segue por 48 horas e o objetivo é conhecer a opinião dos docentes sobre a greve, como explica a presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), Maria Luiza Von Holleben. O referendo pergunta se o profissional quer que a greve ocorra de imediato ou só em julho. Caso a maioria opte pela primeira opção, uma assembleia deve ser realizada, na semana que vem, para deflagrar a paralisação. Em caso contrário, a categoria deve aguardar uma proposta do governo federal, até o início de julho.