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Deu na mídia (CP) Servidores e professores de universidades federais protestam na Capital

Ação integrou movimento nacional de mobilização a favor de melhorias na educação

Trabalhadores pedem valorização e reajuste salarial

Crédito: Arthur Puls

 Centenas de professores e servidores técnicos-administrativos de universidades federais do Estado participaram de uma marcha na manhã desta quinta-feira em Porto Alegre. O grupo, que se reuniu na reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), saiu em caminhada até o Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre. Estiveram presentes representantes da Ufrgs, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Federal de Rio Grande (Furg) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

 A ação integrou o movimento nacional de mobilização a favor de melhorias na educação e em relação à falta de diálogo com o governo Federal. Usando nariz de palhaço, os trabalhadores carregaram uma maquete de bolo de aniversário gigante, para “celebrar” as 52 reuniões com o governo que não resultaram em avanço nas negociações.

 Segundo a coordenadora-geral da Associação dos Funcionários da Ufrgs e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Assufrgs), Bernadete Menezes, o ato representou a força do movimento e a adesão cada vez maior dos funcionários. Isso porque nesta quinta-feira a greve dos servidores técnicos completa dez dias e a participação seria crescente, com adesão de cerca de 65%.

 “Queremos melhorias na educação. Isso significa que o nosso movimento é bem superior, pois é a favor da educação universitária pública”, afirmou. Os servidores técnico-administrativos reivindicam piso salarial de três salários mínimos, vale-alimentação equiparado ao dos servidores da Justiça (de R$ 700) e incentivo à qualificação profissional. “Somos desvalorizados e não temos incentivo de permanecer nos nossos trabalhos. E isso já está refletindo na dificuldade das instituições de conseguirem contratar profissionais em determinadas áreas”, contou..

 Dentro da mobilização, na próxima semana os professores universitários também poderão entrar em greve. Eles exigem a atualização do plano de carreira e a valorização dos profissionais com reajustes de salário. Os professores vinculados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) também participaram da caminhada.

 Entre eles estão professores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Furg e UFSM. As reivindicações são pela incorporação das gratificações ao vencimento salarial básico, plano de carreira em 13 níveis, piso salarial de R$ 2.329,95 para jornada de trabalho de 20 horas e reposição salarial emergencial de 22,08%.

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Fonte: Mauren Xavier / Correio do Povo