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Mercadante se compromete com a causa da FASUBRA

Na última segunda-feira (09), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) foi recebida pelo Ministro Aluísio Mercadante para uma reunião sobre as reivindicações do Comando nacional de Greve (CNG).

A reunião, que aconteceu na sede do Ministério da Educação (MEC) em Brasília, contou ainda com a presença do secretário executivo Paulo Paim e o secretário de Ensino Superior (SESU) Amaro Lins. A direção nacional foi representada por Janine Teixeira, Paulo Henrique dos Santos, Gibran Ramos, Rosângela Gomes e João Paulo Ribeiro e o CNG por Celso Dornelles, Hugo Leonardo Pires e Délcio de Souza. A FASUBRA iniciou a reunião informando estava presente com sua direção e representantes do CNG, para que o Ministro intervisse junto ao MPOG, no sentido de resolver a greve da categoria.

Os representantes dos Técnico-Administrativos em educação, fizeram um histórico que resgatou acordo da greve de 2007. “De lá para cá houve 52 reuniões, sem que algum avanço tenha sido possível. Só neste anato, no âmbito do serviço público federal, foram oito reuniões, todas sem sucesso. Reafirmamos nossa disposição em negociar. Temos uma pauta histórica e que o Governo tem dito que o custo da greve os docentes é 5,9 milhões e que a nossa gira em torno de 17,7 milhões. Isso não traduz a realidade dos fatos, pois apresentamos ao MPOG que aceitaríamos 20,8% no piso, que é resultado da inflação e variação do PIB dos últimos dois anos”, informou a representação.

 Explicaram também a decisão pela greve. “Após todo esse período de reuniões infrutíferas, fomos levados à deflagração da greve. Propusemos a reestruturação da carreira, entre outras demandas, sem que o governo sinalizasse sobre possibilidades de algum nível de atendimento. Que a equipe da SESU participou de todas as oficinas do MPOG e MEC, mas nada de retorno”.

 Com a palavra, o Ministro salientou que deseja estabelecer uma agenda com a FASUBRA, mas disse que “precisamos encontrar argumentos sólidos para tirar um reajuste para os técnico-administrativos, pois para os docentes já visualizo que virá alguma proposta. Diante disso, preciso de elementos substantivos para defender o aumento de vocês”.

 Analisando o cenário macroeconômico, Mercadante afirmou que vê dificuldade na concessão de aumentos. “A pauta do funcionalismo é de 92 bilhões e existe uma dificuldade, por parte do governo em atender a demanda, devido à política de austeridade fiscal, tendo em vista os impactos financeiros sofridos pela economia do país, em função da crise mundial”, explicou o ministro.

 Informou ainda que a disposição do MEC é total em encontrar uma solução, mas que o ministério não comanda a folha de pagamento. Questionado sobre a reivindicação de 10% do PIB para a educação, afirmou que vai ao Congresso pedir aumento do percentual, mas para se chegar aos 10%, disse ser necessário haver aumento da carga tributária ou discutir corte de gastos nas esferas de governo.

 Na conclusão da reunião, a representação da FASUBRA se propôs a apresentar documento contendo uma exposição de motivos e todo o processo vivenciado pela categoria. “Iremos subsidiar o MEC com todos os fundamentos e argumentos legítimos a atuação junto à área econômica, na defesa de nosso reajuste, e construir uma pauta especifica para concretizarmos a agenda entra a FASUBRA e o MEC”, declarou a Federação.

 

Por João Camilo

Jornalista

 

Fotos: João Paulo Ribeiro e Fabiano Seelig Paulokun

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