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Deu na mídia (CP) Servidores em greve protestam em frente ao instituto federal na Capital

Servidores em greve protestam em frente ao instituto federal na Capital

Categoria, paralisada desde junho, pede reajuste salarial, melhorias na carreira, entre outras demandas

Servidores técnicos administrativos das universidades e institutos federais, em greve desde 11 de junho, realizaram na manhã desta quinta-feira um ato em frente à sede do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no Centro de Porto Alegre. Com faixas, carro de som e cartazes, eles bloquearam as quatro entradas que dão acesso ao prédio.

 Segundo a coordenadora geral da Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) (Assufrgs), Rosane Souza, a mobilização serve para ampliar a pressão contra o governo federal, que não se mostra sensibilizado para negociar. “Enquanto os professores estão sendo ouvidos, nos ignoram. Agora não há como retrocedermos. Vamos para o tudo ou nada”, afirmou, lembrando que o único encontro marcado pela União será na terça-feira. Assim, ela adiantou que serão articuladas novas mobilizações.

 Em carta à sociedade, que foi distribuída pelos servidores grevistas, eles detalharam as suas reivindicações. Os profissionais pedem reajuste salarial, melhorias na carreira, aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, defesa dos aposentados e manutenção de direitos dos trabalhadores.

 A coordenadora lembrou que a categoria está sem reajuste desde 2007, sendo que nas duas últimas décadas as correções salariais só ocorreram por meio de greve. “O governo não considera nosso trabalho importante. Essa é a única explicação para este descaso”, falou.

 Uma das vitórias da pressão foi o adiamento do início do período de matrículas dos calouros da Ufrgs, que iniciaria nesta quinta-feira. Segundo a instituição, é necessária uma comissão para realizar o trabalho, formada por professores e técnicos, sendo que as duas categorias estão em greve.

 Fonte: Mauren Xavier / Correio do Povo