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Data-base e política salarial permanente são eixos de greve dos SPFs aprovados em assembleia

Os servidores técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS-POA realizaram assembleia na tarde da última quarta-feira (04), na Faculdade de Direito da UFRGS. As pautas discutidas na Assembleia foram o indicativo de greve do Serviço Público Federal; eleição de delegados para a plenária nacional da FASUBRA; utilização do fundo de greve para as despesas com a plenária e assuntos gerais.

A mesa da Assembleia foi eleita e composta por Arthur Bloise, Bernadete Menezes e Sílvia Peçanha. Teve início com relatos da mesa e dos coordenadores da Assufrgs que participaram das atividades sobre a Campanha Salarial, em que os servidores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Assinbge se somaram ao Fórum Gaúcho dos SPF’s nas últimas semanas. A Coordenação da ASSUFRGS atualizou o calendário para as próximas semanas: dias 08 e 09 de fevereiro haverá Plenária Nacional da FASUBRA, em Brasília, para discutir indicativo de greve nas Universidades para março deste ano; no dia 12, haverá avaliação da plenária da FASUBRA, na ASSUFRGS; e dia 25 de fevereiro, nova reunião do Fórum Gaúcho dos SPF’s.

Indicativo de Greve e Pauta dos SPFs

O coordenador Mozart falou de sua preocupação quanto a greve. “Creio que está muito fraca a mobilização em nível nacional, ainda”. Mozart Defendeu que precisamos mobilizar mais, e que preocupa a organização do movimento em outros estados.

José Luiz Rockenbach, o Neco, ratificou que a nossa luta deve ser por data-base e política salarial. E que se a mobilização ainda não está a contento, deve ser motivação a mais para impulsionar a construção da greve. “Devemos lutar por reposição real dos salários”, afirmou Neco.

Na discussão sobre o indicativo de greve dos SPF’s, Bernadete resgatou que a Greve Geral dos Rodoviários em Porto Alegre está forte, que recusaram a proposta da patronal e passaram por cima da direção do sindicato na defesa dos 14% de aumento. Falou também sobre a greve dos Correios e Saúde e as mobilizações do Bloco de Lutas em Porto Alegre. “Todos trabalhadores tem definido data para reajuste salarial imediato ano após ano. Se os servidores públicos são trabalhadores, porque não temos este direito?”, afirmou Berna.

“O fundamental para que a greve se constitua é a vontade de construir ela com o indicativo que tiramos em dezembro. Temos que fazer uma pressão forte no governo Dilma, nesta lacuna que temos: o salário do trabalhador do serviço público”, completou Arthur Bloise.

Os servidores também trouxeram para o debate a revolta nos locais de trabalho com a atual situação dos SPFss. Frederico Bartz salientou a importância de uma frente de lutas com estudantes e docentes na defesa da educação pública e de qualidade. “Na Arquitetura a insatisfação é muito grande com a falta de regulamentação da data-base e também o plano de saúde. A greve constitui instrumento de mobilização forte, pois este ano será de forte repressão e enfrentamento. Temos que unir todo mundo nas universidades”, ressaltou Frederico.

O Coordenador Igor Corrêa ratificou que o carro-chefe da luta dos SPF’s deve ser uma política salarial permanente, uma vez que todos os trabalhadores tem este direito assegurado, menos no serviço público. Igor Corrêa colocou em pauta, ainda, a aprovação de moção de apoio à greve dos rodoviários, da saúde e dos correios. “ Solidariedade de classe é muito importante neste momento, é nosso papel. Fazemos o apelo para que os servidores procurem a ASSUFRGS e marquem reunião nos locais de trabalho para construir a greve conjuntamente”, finalizou o Coordenador.

Jerônimo Menezes, servidor no CPD da UFRGS, vizualizou um sentimento de classe que tem aflorado a partir da luta concreta e cotidiana. “A classe trabalhadora está ganhando um sentimento de solidariedade de classe. O Bloco de lutas vem ajudando a construir a luta junto à classe, fechando garagens, fazendo piquetes com os trabalhadores. As pessoas nas paradas, a espera de Lotação, estão percebendo as reivindicações e aprovam a luta dos rodoviários. As pessoas estão se identificando enquanto classe”, saudou Jerônimo.

Por fim, Tônia Duarte tratou da preocupação que tem com uma pauta enxuta e que unifique. “Preocupa fazermos uma greve com muitas pautas e muitos itens específicos. Teremos um movimento forte e vitorioso se conseguirmos aglutinar com uma proposta concreta de data-base e reajuste anual com índice previamente estipulado”.

A proposta de que a greve seja em conjunto com os Servidores Públicos Federais foi referendada em assembleia, e aprovada por aclamação. Foi ratificado o eixo central de política salarial e data-base.

Aprovação da utilização do Fundo de Greve

Dando-se segmento à assembleia, o coordenador Arthur passou a palavra à Coordenadora de Finanças Carmem Almeida para dar um relato sobre a utilização do Fundo de Greve para ida à Plenária. A coordenadora citou que o mesmo será utilizado, visto que o Sindicato encontra-se no vermelho e que desde o início da greve anterior o recurso destinado ao Fundo de Greve estava sendo utilizado indevidamente, para outros fins. Também informou à categoria que estamos com um Déficit de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) e que já foi solicitado, dentre outras medidas cautelares empréstimo de R$ 200.000,00 ( duzentos mil reais) à ADUFRGS, sem obtenção até a presente data de resposta. A seguir, a coordenadora Bernadete pediu a palavra e informou à categoria que na Plenária anterior foram 05(cinco) delegados e atualmente iremos enviar apenas 03(três), justificando que o déficit  apontado é consequência das obras de Garopaba, bem como do pagamento de férias e décimo terceiro aos servidores da ASSUFRGS, declarando que é favorável á utilização do Fundo de Greve para a Plenária. Para finalizarmos esta pauta, o Coordenador Arthur encaminhou à categoria presente na assembleia votação, tendo sido aprovado pelos servidores a utilização do Fundo de Greve.

Fundo de Greve e tiragem de delegados à Plenária Nacional da FASUBRA

A Coordenação da ASSUFRGS fez relato sobre a situação financeira do sindicato, e aprovou, em Assembleia a utilização do Fundo de Greve para cobrir as despesas com o envio dos delegados à esta Plenária Nacional da FASUBRA.

Foram aprovados três delegados à Plenária: Igor Corrêa Pereira, Mariana de Mattos Brose e Rafael Berbigier.