Que os ricos paguem a conta: pela taxação das grandes fortunas, independente de ter ou não crise econômica
Diante das iniciativas do governo, com medidas provisórias que retiram renda do trabalhador sob o pretexto de conter a crise econômica, centrais sindicais e economistas reagem argumentando que os trabalhadores não devem pagar a conta. Como saída às medidas prejudiciais aos trabalhadores, argumentam que se o país precisa arrecadar mais dinheiro, que o faça em cima das grandes fortunas e patrimônios.
O coordenador do DIEESE José Prado de Oliveira Silvestre pronunciou-se a respeito das Medidas Provisórias 664 e 665, que dificultam acesso ao seguro desemprego, abono salarial e outros benefícios aos trabalhadores. “O governo obteria resultados muito mais expressivos se tributasse fortunas, aumentasse o imposto das instituições financeiras e eliminasse o rentismo, beneficiado por transferência de recursos equivalentes a 40% do orçamento”.
Elaborado pelos deputados do PSOL Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS, atualmente sem mandato), o projeto do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) busca regulamentar o inciso VII do artigo 153 da Constituição Federal. Ele determina que o imposto incida sobre todo patrimônio superior a R$ 2 milhões. Para os contribuintes com patrimônio entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões, a taxação prevista é de 1%, progredindo para 2% (entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões), 3% (de R$ 10 milhões e R$ 20 milhões), 4% (de R$ 20 milhões e R$ 50 milhões) e 5% para fortunas acima de R$ 50 milhões.
As centrais sindicais estão mobilizadas e têm proposto para o governo essa alternativa de arrecadação, como forma de não retirar direitos dos trabalhadores.
Fonte: Carta Capital, Brasil Atual e Portal Vermelho