Tod@s à Marcha da educação dia 17/06 em Porto Alegre!
Os trabalhadores técnico-administrativos em educação das Universidades Federais do RS (UFRGS, UFCSPA, FURG, UFPel, UFSM e Unipampa) e do IFRS (Canoas, Porto Alegre, Restinga) promovem uma marcha em defesa da Educação Federal nesta quarta-feira, dia 17, às 14h. A caminhada procura denunciar o corte de R$ 9,4 bilhões efetuado pelo governo Dilma à pasta da Educação. Infelizmente, o ano não iniciou bem para a maioria das universidades, com problemas no pagamento de terceirizados, falta de manutenção, recolhimento de lixo e suspensão dos pagamentos de fornecedores. Não é cortando recursos da Educação Pública que vamos construir um futuro melhor para os trabalhadores.
A marcha procura forçar o governo a reverter os cortes da política recessiva denominada “ajuste fiscal”. Não são os trabalhadores que devem pagar a conta da crise. Esse dinheiro deve ser buscado em outras fontes, como combate à sonegação, fim das renúncias fiscais, taxação das grandes fortunas e do lucro dos bancos.
Além de reduzir a verba para os serviços públicos de educação e saúde, o governo vem se negando a negociar a pauta salarial dos técnico-administrativos, categoria formada por mais de 160 mil trabalhadores e que é um dos pilares da pesquisa, do ensino e da extensão desenvolvidos pelos melhores Institutos e Universidades Federais. Estas, vale lembrar, têm sido avaliadas como serviço público de melhor qualidade prestado ao povo brasileiro e figuram constantemente nos rankings internacionais. O governo é conhecedor da pauta da categoria, tanto a salarial como das pautas políticas, mas, nas reuniões de negociação, nada de concreto foi apresentado para aliviar o anseio por melhorias nas condições de trabalho.
A greve nacional, iniciada dia 28 de maio, já na primeira semana chegou a mais de 50 instituições, demonstrando o alto grau de insatisfação e a disposição para luta que está latente entre os trabalhadores. Atos locais e regionais estão sendo realizados em todo o Brasil, com boa repercussão nos meios de comunicação. O Comando Nacional de Greve vem participando de várias atividades em Brasília.
Exigimos que o Governo abra imediatamente negociação efetiva com a categoria. Nem um centavo a menos para a Educação! Exigimos reajuste salarial que cubra as perdas que vimos tendo desde agosto de 2010. Queremos 27,3% de reposição salarial (25,3% de inflação acumulada e 2,0% de ganho real)! Não é possível que o governo não apresente uma política salarial de valorização dos servidores da Educação.
Queremos efetivar o direito constitucional à data-base, para não precisar fazer movimentos de greve para exigir o básico: a recomposição do valor de compra do salário!
Além da nossa categoria, docentes de mais de 20 Universidades do País já estão paralisados; os estudantes, em greve em algumas instituições, estão apoiando o nosso movimento e comprometidos conosco.
Estamos dispostos à luta! Vamos todos à FACED, na quarta-feira, para a Assembleia de Greve. Vamos todos à Marcha da Educação!