Professores da UFRGS, UFCSPA e IFRS aprovam indicativo de greve
Reunidos hoje (16/06) em Assembleia Geral na Faculdade de Economia da UFRGS, professores da UFRGS, da UFCSPA, do IFRS/Porto Alegre e do IFRS/Restinga aprovaram, por ampla maioria, indicativo de greve. Esta decisão, motivada pelo silêncio do Governo Federal às reivindicações dos professores, será levada ao Conselho Deliberativo do Proifes-Federação, que se reúne em Brasília nos dias 18 e 19 de junho.
A presidente da ADUFRGS-Sindical, Maria Luiza Ambros von Holleben, ao abrir a Assembleia, historiou as negociações com o Ministério do Planejamento, que começaram em novembro de 2014, quando foi protocolada pela primeira vez a proposta de reestruturação de carreira e de reajuste salarial do Proifes Federação. Com as mudanças de ministros, o documento novamente foi levado a conhecimento do governo em mais de uma ocasião. Em reunião do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, com os servidores federais; e na única reunião setorial até agora realizada, em 6 de maio, com o secretário das Relações de Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça.
Maria Luiza discorreu sobre as infrutíferas tentativas da Federação em reativar o diálogo e prosseguir na negociação em tempo hábil para concluí-la até o final de julho, conforme sinalizado pelo governo. Ressaltou que o governo tem se mostrado indiferente ao alerta dos professores e servidores sobre a situação das IFES, das condições de trabalho, os prejuízos na expansão do ensino superior público e seu reflexo na formação dos jovens, que tinham a expectativa de uma educação de qualidade e um futuro melhor. Esta situação gerou a necessidade de medidas mais fortes no sentido de pressionar o governo para que este apresente sua contraproposta aos professores.
A seguir, o presidente do Proifes-Federação, Eduardo Rolim de Oliveira, deu mais detalhes sobre as reuniões ocorridas em Brasília e informou que o governo cogita relacionar os reajustes ao PIB, o que inviabilizaria o pleno atendimento ao que é proposto pela Federação. Rolim lembrou que o Proifes estipulou o dia 15 de junho como data limite para o governo se manifestar em relação ao que foi proposto pelos professores, sem obter qualquer resposta até o momento.
As manifestações dos presentes foram consensuais quanto à necessidade de estratégias de luta mais duras, na tentativa de romper o silêncio do governo federal. Na assembleia, os professores deixaram um claro alerta de que o indicativo de greve não é um blefe e que esse recurso extremo vem tomando forma cada vez mais definida diante da postura impassível do governo.
A assembleia contou com a presença de membros do Comando de Greve da Assufrgs, sindicato que representa os técnico-administrativos, e de representante estudantil.
Fonte: página da ADUFRGS