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Trabalhadores e estudantes realizam grande ato em defesa da educação pública

As ruas do centro de Porto Alegre foram tomadas pela marcha que reuniu estudantes, professores e os técnico-administrativos em educação das Universidades Federais do RS (UFRGS, UFCSPA, FURG, UFPel e UFSM) e do IFRS (Canoas, Porto Alegre e Restinga). O ato em defesa da educação pública ocorreu na quarta-feira (17/6) e denunciou o corte de R$ 9,4 bilhões efetuado pelo Governo Dilma para a pasta de Educação e a ausência de negociação com os técnicos-administrativos, em greve desde o dia 28 de maio.

Antes da marcha, foi realizada assembleia dos técnicos no barracão de greve, em frente à Faculdade de Educação. Nas falas, os presentes denunciaram a precarização das Universidades e Institutos Federais, que sofrem com os cortes no orçamento e avanço da terceirização.

Ruas de Porto Alegre foram tomadas pelo grito em defesa da Educação - Foto: Celso Alves

Celso Carvalho, do Sindicato do Pessoal Técnico-Administrativo da FURG (APTAFURG), avaliou que esta é uma das maiores greves da história do movimento dos trabalhadores em educação. Defendeu que o movimento deve crescer a atingir outros trabalhadores, ampliando para uma greve geral. A representante da Associação dos Servidores da UFSM (ASSUFSM), Loiva Chansis, afirmou que a greve dos técnicos, mais que reivindicar melhorias na carreira e reajuste salarial, defende a manutenção dos serviços públicos, cuja qualidade vem sendo ameaçada pelos cortes de Dilma e Levy. Maria Tereza Fujii, do Sindicato dos Servidores da Universidade Pelotas (ASUFPEL) conclamou a todos para que venham para a luta em defesa da classe trabalhadora, que está sendo ameaçada pela retirada de direitos.

Pelo DCE da UFRGS, Gabriel Batista declarou o apoio dos estudantes à luta pela educação pública, popular e de qualidade. Afirmou que se a pátria não é educadora, a greve é. Matheus Gomes, também integrante do DCE, denunciou o projeto de precarização em curso no país, representado principalmente pelo avanço da terceirização, que retira os direitos conquistados pelos trabalhadores. Presentes da marcha, o ANDES também manifestou apoio à lutas dos técnicos e o repúdio a política de ajuste fiscal do Governo Dilma.

Saindo da Faculdade de Educação, a marcha seguiu pelo túnel da Conceição e Avenida Mauá, até o Largo Glênio Peres. Juntos, trabalhadores e estudantes entoaram palavras de ordem contra a política de ajuste fiscal, cortes na Educação e em defesa da classe trabalhadora.