Reitor da UFRGS não quer aprovar a maioria dos planos de flexibilização
A pedido da reitoria, a ASSUFRGS participou de reunião para falar sobre a greve na UFRGS e o processo de flexibilização da jornada. O reitor se disse surpreso com a deflagração de greve pelos técnico-administrativos em educação da UFRGS. Para ele “tudo estava transcorrendo normalmente”. Estiveram presentes os coordenadores Frederico Bratz, Gabriela D’andrea, João Cunha, Jorge Torres, Marcia Tavares, Mariane Quadros, Rosane Procaska e Rui Muniz; também participou um dos representantes da ASSUFRGS na Comissão de Flexibilização, Gabriel Focking. Pela Administração, além do reitor Carlos Alexandre, estavam Maurício Viegas da Silva e Vânia Cristina Santos Pereira, ambos da Progesp.
Assim como na reunião anterior, a ASSUFRGS relembrou que as regras da flexibilização passaram por análise de Comissão Especial formada por integrantes a Administração e da ASSUFRGS; pela Procuradoria Geral da UFRGS, pela Comissão de Legislação e Regimentos do Consun e pelo plenário do Consun, um longo processo de construção do regramento para a implantação da flexibilização na UFRGS, onde trabalharam em conjunto o sindicato e a Administração Central. Ao inventar novos critérios para a aprovação dos planos, a reitoria desrespeita a todas as instâncias e a todas as pessoas que se dedicaram a tornar a flexibilização uma realidade na UFRGS.
Também foi colocado o segundo motivo da greve: a imposição autoritária de um sistema de login, sem definições claras e que joga os servidores em uma situação de insegurança, propagandeado como “ponto eletrônico”.
Reitor tira critérios do bolso!
O reitor apresentou novos critérios para aprovação dos planos, critérios que não constam em nenhuma legislação, tampouco na Decisão 423/2015 do Conselho Universitário, nem na Portaria 9815/2015 assinada pelo próprio Carlos Alexandre. Ele também afirmou que esse é o entendimento também da Progesp, que é comandada pelos técnico-administrativos em educação Maurício e Vania.
Análise dos planos pelo reitor
Para analisar os planos de trabalho, o reitor está solicitando que a Progesp dê cinco informações:
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Número de servidores efetivos na Unidade Acadêmica ou Pró-Reitoria/Secretaria, bem como o número de servidores efetivos do setor que requer a flexibilização.
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Comprovação da jornada de trabalho atual dos servidores da Unidade Acadêmica ou Pró-Reitoria/Secretaria, bem como do setor que requer a flexibilização.
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Quais a justificativas para o aumento da jornada de trabalho do setor requerente.
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Qual o público usuário a ser beneficiado pela extensão da jornada de trabalho.
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Se a escala de trabalho flexibilizada é adequada ao atendimento do público usuário.
A maioria dessas questões está respondida nos próprios planos de trabalho, não havendo necessidade de que a Progesp forneça novamente essa informação.
Dia 31/5 é greve!
A reitoria diz que quer garantir que uma auditoria externa não determine a reversão de nenhuma flexibilização na UFRGS. A ASSUFRGS tem convicção que uma reversão não se sustentaria, pois todo o processo está dentro da legalidade. Que em caso de uma auditoria que ignore essa legislação, a reitoria poderia facilmente se defender.
Diante desses novos fatos, fica evidente que esta reitoria não quer que a flexibilização seja realidade na UFRGS! Só a mobilização da categoria pode garantir a implantação da flexibilização e a Universidade aberta nos três turnos!
Cumprimos todas as exigências, não aceitaremos que se mudem as regras para aprovação dos planos de trabalho! Não aceitaremos o sistema de login!
Por isso, dias 31/5, 1 e 2/6 vamos parar a Universidade: pela assinatura dos Planos de Trabalho e fim do login. AGORA É GREVE NA UFRGS!