Assufrgs solicita posição da Reitoria sobre truculência da BM em frente ao Campus Centro
Na noite do dia 24 de outubro, o ato pacífico realizado em Porto Alegre contra a PEC 241 foi duramente reprimido pela Brigada Militar. Os manifestantes, dentre eles técnico administrativos, estudantes e professores da Universidade, foram encurralados pelos policiais militares, que atacaram a multidão com bombas de gás lacrimogênio e efeito moral. O ataque aconteceu justamente quando o ato se encaminhava para o seu ponto final, a Faculdade de Educação da UFRGS, se unindo a vigília organizada pela comunidade universitária também contra a PEC 241.
Na repressão aos manifestantes, as bombas foram jogadas inclusive na área da Universidade (jurisdição federal) em um claro desrespeito à vida das pessoas e à Instituição. Devido a essa violação, a Coordenação da Assufrgs manifesta seu repúdio à truculência da BM e envia à administração da UFRGS ofício solicitando manifestação da Reitoria.
Confira o ofício encaminhado -> Of 27116
Na quarta-feira (26 de outubro) a administração da UFRGS encaminhou ofício ao Comando da Brigada Militar manifestando preocupação com os fatos ocorridos na noite de segunda-feira. Após dissolver com bombas de gás uma manifestação contra a PEC 241 na avenida Osvaldo Aranha, um destacamento do pelotão de choque da Brigada Militar perseguiu manifestantes que se refugiaram no prédio da Reitoria e disparou novas bombas de gás contra o portão de entrada do Salão de Atos da UFRGS, onde ocorria uma apresentação artística.
Na nota a reitoria manifesta preocupação quanto à repressão com bombas de gás, inclusive no espaço interno da universidade, diz que a ação da Brigada colocou em situação de risco, além dos manifestantes, mais de 100 pessoas que estavam no Salão de Atos e lembra que a UFRGS é uma instituição federal autônoma em cujos espaços há liberdade de manifestação.