Os impactos da PEC 55 na carreira dos Técnico-Administrativos em Educação nas IFEs
A possível aprovação da PEC 55 no Senado, que irá congelar por até 20 anos os investimentos em áreas primárias do Governo Federal, como educação, poderá impactar diretamente no plano de carreira dos servidores da união.
Na prática, a “PEC do Fim do Mundo” acaba com a atual vinculação de receitas mínimas previstas na constituição, que no caso da Educação é 18% da receita líquida da União e institui o teto máximo, independentemente do crescimento do PIB.O crescimento no orçamento seguinte ficará portanto limitado ao IPCA do período anterior. Essa inversão resultará em uma dificuldade de investimento nestas áreas, inclusive nos incentivos aos servidores, já que segundo o DIEESE, caso estivesse aplicada desde 2002 a PEC representaria menos 377 bilhões de reais investidos na área da educação.
O impacto na carreira
O plano de carreira dos técnico-administrativos está baseado na Lei 8.112/90 que instituiu o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. Caso aprovada a PEC terá consequências práticas diretas nesta lei. No caso dos servidores Técnico-Administrativos em Educação nas Instituições Federais de Ensino as Progressões, Promoções, Adicional de Incentivo à Qualificação, Adicionais insalubridade e periculosidade, ficariam limitados pelo teto de gastos do orçamento. “Se a autarquia/universidade não tiver orçamento para conceder estes benefícios aos servidores, poderá deixar de concedê-los”, afirma o advogado Guilherme Pacheco Monteiro da Coelho, Schneider, pereira, Monteiro Advogados Associados, que presta assessoria jurídica para a ASSUFRGS, sindicato dos técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS. Também estaria prejudicado o financiamento de pesquisas.
As sanções