Após intensa luta contra a PEC 55 categoria retorna ao trabalho e deflagra estado de greve

 Publicado em 13/12/2016

Atualizado em 13/12/2016

O dia 13 de dezembro de 2016 ficará marcado na história do país como um dos momentos de maior ataque às conquistas sociais e à classe trabalhadora. Mas também será lembrado pela forte resistência e união entre todas as categorias.

Técnicos concentrados em frente à Faculdade de Economia após assembleia da categoria

Fim da greve contra a PEC

Os técnico-administrativos em educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS decidiram em assembleia no inicio da tarde desta terça-feira (13) encerrar o movimento paredista que havia iniciado em 8 de novembro e tinha como principal objetivo a luta contra a PEC 55, que congelará os investimentos em educação e saúde por 20 anos. Durante o início da Assembleia, que contou com a presença de movimentos sindicais, o Senado em Brasília aprovou a PEC, por  53 votos favoráveis e 16 contrários. Saiba mais aqui.

Com o encerramento da principal pauta da greve, os técnicos decidiram por unanimidade, encerrar o movimento, voltando às atividades na quarta-feira (14), mas iniciando no mesmo dia o estado de greve contra os demais retrocessos apontados pelo Governo Temer, como as reformas da Previdência e trabalhista. 

 

A assembleia contou com a presença das centrais sindicais CTB, CUT, Conlutas e Intersindical que parabenizaram o movimento dos técnicos e fizeram análises da atual conjuntura política do país que deve provocar uma intensificação dos movimentos da classe trabalhadora, de forma unificada dos diferentes setores.

Atos contra a aprovação da PEC, pacote do Sartori e Marchezan Jr

A resposta das ruas contra a aprovação da PEC foi imediata. Em diversas cidades do país, estudantes e trabalhadores foram às ruas para protestar contra a decisão. Em Porto Alegre o ato, que contou com a participação da ASSUFRGS e teve protagonismo dos estudantes das ocupações, se reuniu na esquina democrática e circulou pelas ruas do centro, passando pelo Centro Popular de Compras e sofrendo forte repressão da Brigada Militar ao tentar se deslocar à Praça da Matriz. “Trabalhador, presta atenção, são 20 anos sem saúde e educação”, foi umas das palavras de ordem dos manifestantes. O ato encerrou na José do Patrocínio. 

O dia também foi de protestos dos estaduais. Servidores das diversas fundações que correm o risco de ser extintas pelo pacote do Governo Sartori, outras categorias, inclusive a Policia Civil, que estava em grande número, e centrais sindicais se reuniram em frente à Assembleia Legislativa durante todo o dia. No período da tarde a ASSUFRGS, ao encerrar sua assembleia, fez caminhada até a manifestação dos servidores estaduais para prestar solidariedade à luta contra os retrocessos no estado do Rio Grande do Sul. 

Na sequência o sindicato dos municipários (SIMPA), que entrou em estado de greve, realizou caminhada pela Borges de Medeiros, culminando em frente ao Paço Municipal para protestar contra o futuro Prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, que havia solicitado a José Fortunati, atual Prefeito, o cancelamento da antecipação e desconto do IPTU. O pedido inviabilizaria o pagamento do 13 salário da categoria. Ainda no início do dia a atual prefeitura voltou atrás da decisão, o que não impediu os municipários de realizarem forte ato nesta tarde. A ASSUFRGS também esteve presente na manifestação.

Confira as galerias de fotos: