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Terceirizados da Multiágil na UFRGS correm risco de não receber valor da rescisão

A "novela" Multiágil e UFRGS está chegando ao final com trabalhadores demitidos em massa e sem a garantia de receber a rescisão, já que a empresa alega falta de recursos. Segundo informações da Gerência de Serviços Terceirizados da UFRGS a universidade pagou o salário base de janeiro diretamente aos trabalhadores porém não garante que irá cobrir também os valores das rescisões. Até o fechamento desta reportagem grande parte dos terceirizados não haviam recebido os vales transporte e alimentação. O pagamento do transporte só foi realizado para aqueles que recebem a quantia via cartão TRI.

O capítulo final desta história inciou no último mês de dezembro quando os terceirizados não receberam da Multiágil o 13º salário e realizaram três dias de mobilização. O direito só foi completamente pago no dia 26 de dezembro. No dia seguinte (27) iniciaram as primeiras demissões, antes mesmo do fim do contrato entre empresa e Universidade. Entre os primeiros demitidos estava Adriana Cunha, presidente da Associação Terceirizados Unidos "Logo após o pagamento do 13º salário, eu e dois colegas, entramos em aviso prévio. Em janeiro outros colegas foram demitidos e agora com o cancelamento do contrato entre Multiágil e UFRGS a totalidade dos terceirizados perderam seus empregos", relata.

A nova empresa contrata pela UFRGS, SR Serviços Terceirizados, já está realizando entrevistas e começa a operar dentro da universidade no próximo dia 01 de março. Segundo Adriana os terceirizados da Multiágil não receberam garantias de continuar nas vagas e receberam sugestão de seus antigos supervisores para deixar currículo na sede da SR em Canoas. O aviso prévio dos terceirizados deve encerrar no dia 24 de fevereiro. A reportagem não conseguiu contato com a SR Serviços Terceirizados.