Campanha Salarial: Fasubra entrará na justiça pela negociação
Em continuidade a Campanha Salarial de 2017, que exige reposição salarial justa e melhores condições de trabalho, a Fasubra sindical vem solicitando audiências com o atual governo desde o ano passado. A última vez que o MEC recebeu uma representação da Fasubra foi em 2016 antes da greve que fizemos contra a PEC 55.( PEC do Fim do Mundo). Nessa reunião a representação do governo foi categórica em nos informar que não havia nenhuma abertura para negociar qualquer acordo salarial por conta do ajuste fiscal como também o próprio presidente Temer já havia dado declarações públicas que acordo salarial com o funcionalismo somente no próximo governo.
Diante desse cenário de ajuste fiscal e instabilidade política no país a Fasubra sindical não recuou um milímetro em ter iniciativas que force o governo e o congresso a parar com os ataques como também tem exigido constantemente a abertura das negociações tanto gerais como especificas do funcionalismo e em especial da pauta dos Técnicos Administrativos em Educação.
A federação continuou solicitando audiências com o governo, por meio de vários ofícios, caracterizando como inexistente um processo de negociação para o caso de um processo junto ao STJ, nos moldes definidos pelo STF.
A Fasubra Sindical esteve entre as principais entidades que construíram a luta conta a PEC do Fim do mundo no final do ano passado. Fizemos uma greve da educação federal e mobilizamos milhares a Brasília em unidade com o movimento estudantil na marcha da educação no dia 29 de novembro que foi duramente reprimida pelo governo.
Já no início de 2017 a Fasubra sindical em conjunto com as entidades que compõe o Fórum dos servidores públicos federais deu a largada para a campanha salarial 2017, construiu um seminário nacional e uma pauta unificada protocolada no Ministério do Planejamento mas que infelizmente até hoje não houve qualquer resposta. Além disso, a Fasubra por inúmeras vezes solicitou audiências com o MEC, sem resposta até a presente data. Essa não é uma realidade somente da Fasubra. Nenhuma entidade sindical do funcionalismo vem conseguindo canais de interlocução com o governo e muito menos qualquer negociação efetiva.
O governo Temer parece existir somente para aplicar reformas que retiram direitos sociais e históricos e se fecha para qualquer iniciativa que signifique dialogo. A palavra de ordem nessa conjuntura é Resistir e Lutar contra as ameaças aos direitos da classe trabalhadora que vem sendo encaminhado por um governo golpista e ilegítimo.
Diante dessa situação a Fasubra esteve na construção do dia 08 de março contra a violência as mulheres e contra as reformas que atacam direitos históricos das trabalhadoras e trabalhadores, como também na construção das mobilizações do dia 15 de março que abriram as condições para a greve geral do dia 28 de abril envolvendo todos sindicatos filiados, que atenderam o chamado da federação e das centrais, parando as instituições federais e estaduais em todo país.
A Marcha do dia 24 de maio, com mais de 100 mil trabalhadores em Brasilia, na luta contra as reformas da previdência, trabalhista e contra as terceirizações, também teve uma forte participação e protagonismo da FASUBRA.
O perfil do governo ilegítimo de Temer está demonstrado em suas ações, ao atuar como um inimigo da classe trabalhadora. Não há negociação e nenhum dialogo sobre a pauta dos trabalhadores e as entidades sindicais e movimentos sociais não são ouvidas.
Queremos, ainda, com essa nota esclarecer que a Fasubra sindical sempre esteve disposta ao diálogo e a negociar nossa pauta, diversas vezes protocolada junto ao governo. Mas, infelizmente, a postura arrogante, impopular e anti sindical aplicada pelo governo Temer, não abre qualquer canal de dialogo com as entidades do funcionalismo como também com a Fasubra.
A Fasubra dará prosseguimento a ações judiciais que sigam exigindo do governo a abrir negociação com a pauta geral do funcionalismo bem como com a pauta especifica da Fasubra.
Mas é importante que o conjunto da categoria dos trabalhadores técnico-administrativos em educação, entendam a conjuntura mais difícil e mais acirrada para os trabalhadores, dos últimos período. A prioridade das lutas de todos (as) trabalhadoras e trabalhadores na atual conjuntura é a derrubada do governo Temer e a luta contra a retirada de direitos, expressa nas reformas.
O que está em jogo nesse momento não pode ser somente a preocupação se teremos um reajuste salarial, mas se vamos derrotar o projeto de retirada de direitos, que vão impor condições de vida ainda mais difíceis para nossa categoria e para os trabalhadores em geral. Se a Luta geral não reverter a PEC do Fim do Mundo que já foi aprovada (e que impede reajuste salarial por 20 anos), o projeto de terceirizações que também já foi aprovado no congresso nacional ( e acaba com concursos públicos) e se não impedirmos que a reforma trabalhista e da previdência sejam aprovadas no congresso estaremos diante de uma derrota histórica dos trabalhadores. .
GREVE GERAL JÁ!
DIA 30 DE JUNHO VAMOS PARAR O PAÍS!
Negociação salarial já! Fora Temer! Abaixo as reformas da previdência e trabalhista!
Anulação da Emenda Constitucional do Fim do Mundo e da Lei das Terceirizações já!
Comunicação Fasubra Sindical