A UFRGS não defende os trabalhadores que lutam! Servidores da Prefeitura e Marcenaria são punidos por participar da caravana em Brasília.
A administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem voltado as costas àqueles trabalhadores que defendem os interesses da universidade e que lutam em defesa dos direitos da classe trabalhadora. No dia 24 de maio, um grupo de servidores mobilizados pela Assufrgs se dirigiu para a Capital Federal, para participar do Ocupa Brasília, para lutar contra a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência, em um ato de coragem e abnegação. Quando voltaram para Porto Alegre, alguns destes trabalhadores foram obrigados a COMPENSAR OS DIAS EM QUE ESTIVERAM EM BRASÍLIA, mesmo que o próprio Reitor tenha nos dito pessoalmente que os participantes destas atividades teriam sua liberação garantida.
O fato ocorreu na Marcenaria e na Prefeitura do Campus Centro. Na Prefeitura, os coordenadores da Assufrgs Frederico Bartz e Márcia Tavares procuraram a Prefeita Camilla Simonetti, para tentar resolver a situação de um dos caravaneiros, mas a postura da administradora foi inflexível, não deixando nenhuma margem para discussão. Alguns dias atrás, tivemos notícias de que um servidor da Marcenaria também passou pela mesma situação. Na busca de diálogo, tentamos marcar uma reunião com o Superintendente de Infraestrutura, Edy Isaias Junior, mas recebemos a resposta de que deveríamos nos dirigir à Progesp.
Não podemos deixar que esta lógica se institua na universidade. Caso este procedimento se torne padrão, os servidores terão cada vez mais dificuldade de participar nas lutas em defesa de seus direitos, além das batalhas que temos travado em defesa da própria UFRGS. Vivemos um momento marcado pelo golpismo, pelo ataque aos direitos dos trabalhadores e pelo desmonte do serviço público. Nesta hora tão grave, a administração da UFRGS deveria estar ao lado dos servidores, mas, infelizmente, está punindo àqueles que lutam. Nós, da Assufrgs, continuaremos defendo os servidores, nos mobilizando em todas as situações em que seus direitos forem ameaçados, recorrendo aos meios legais e políticos para garantir a participação de nossa base nas atividades do sindicato.