GT Mulheres realizou ação pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
O GT Mulheres da Assufrgs realizou uma ação neste dia 25 de Julho, para dialogar sobre o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e Dia de Teresa de Benguela no Brasil.
A data é um marco para a mulher negra tanto internacionalmente como aqui no Brasil com o dia de Teresa de Benguela, conquistado com muita luta e resistência. Resgatando importantes questões contra a opressão de gênero, o racismo, a diferença salarial, a exploração de classe, a falta de atendimento para a saúde, educação e políticas públicas para as mulheres em especial a mulher negra, dentre tantos outros problemas que atingem diretamente a mulher negra!
No mundo o feminismo negro se fortalece com a definição de 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha, que se dá a partir de 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, com a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que também criou a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas.
25 de Julho no Brasil é o dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, sancionado pela Lei nº 12.987/2014, Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada.
NÓS NÃO VAMOS TRABALHAR ATÉ MORRER!
Segundo a pesquisadora Patricia Galvão, da Unicamp, terceirização tem raça e gênero: os serviços de limpeza e manutenção, por exemplo, mantém a maioria absoluta de mulheres negras como empregadas. Trata-se da reprodução de uma cultura que admitiu (e em certa medida ainda admite) a escravidão e que é pautada pela ideia de que as mulheres são mais aptas às tarefas domésticas.
A situação está grave e precisamos estar organizadas. Congelaram por 20 anos os investimentos no SUS, onde 07 em cada 10 usuários são negros. A terceirização é a precarização do trabalho, a reforma trabalhista retira mais de 100 direitos historicamente conquistados na CLT. A “contra” reforma da previdência, de Temer e seus aliados, é ainda mais cruel porque querem acabar com o direto a aposentadoria e nos fazer trabalhar até morrer.
NÓS, MULHERES, principalmente as mulheres negras e indígenas seremos ainda mais exploradas, com postos de trabalho e salários ainda mais baixos, sem garantia de direitos mínimos. A violência (em todas suas formas), o feminicídio, a desigualdade e todas as formas de opressão irão aumentar. Morrerão ainda mais mulheres e jovens principalmente as negras/os. NÃO NOS CALARÃO!
#FORATEMER #NÃOAREFORMADAPREVIDÊNCIA #NÃOATERCEIRIZAÇÃO #NÃOAREFORMATRABAHISTA #SOMOSRESISTÊNCIAPORQUEEXISTIMOS #NÃOTECALE:GRITE!! #ÉPELAVIDADASMULHERES
VENHA TE ORGANIZAR COM O GT MULHER DA ASSUFRGS, entre em contato.