Categoria aprova continuidade da Greve
Em Assembleia Geral realizada na Faculdade de Farmácia da UFRGS, os Técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS, aprovaram por unanimidade, continuidade da greve da categoria.
A agenda de greve até o dia 14 de dezembro já foi confirmada. Confira aqui. No dia 14 de dezembro está marcada nova Assembleia Geral da Categoria.
Avaliação positiva da Greve Nacional
A Assembleia iniciou com a leitura do último Informe de Greve da Fasubra que fez uma avaliação positiva da greve nacional dos TAEs:
“Mesmo com muitas dificuldades conseguimos, através de ações nas bases nos estados, bem como em Brasília dar repercussão ao nosso movimento, com destaque para a caravana à Brasília que fechou as portas do Ministério do Planejamento (no dia 27 de novembro) e conseguiu obrigar o governo a receber uma representação da Fasubra. Esse fato é de suma importância, pois a postura do governo no último período foi de ignorar nossos insistentes pedidos de audiência. Como resultado daquela ação, o governo pré- agendou a audiência, marcando para o dia 13 de dezembro uma reunião entre Fasubra, MPOG e MEC.
No dia seguinte (28 de novembro) a nossa greve também cumpriu um papel de destaque, articulando-se com as entidades do funcionalismo e construindo uma manifestação na porta do anexo 2 da Câmara, que deu repercussão a luta contra a reforma da previdência, ganhou apoio de vários parlamentares e arrancou uma audiência com o presidente da Câmara.”
Avaliação Local
A maioria dos colegas que tomaram a palavra durante o ponto sobre a avaliação do movimento paredista, ressaltou a necessidade da continuidade da greve até pelo menos o dia 15 de dezembro, já que existe a possibilidade do Governo ainda tentar votar neste período a reforma da Previdência.
“Apesar de todas as dificuldade que surgiram nesse processo, a nossa caravana de Brasília, teve o sucesso que deveria ter, mexendo nas estruturas do Governo. As panfletagens nos municípios do IFRS e nas ruas de porto alegre, fez a gente sentir que tem muita gente interessada e que não engole essa propaganda pró-reforma da previdência”, destacou Andreia Duprat, do CLG da Assufrgs.
Romolo Augusto Toldo, teve um posicionamento ponderando a continuidade do movimento “Concordo com os resultados positivos, mas acho que agora está desmobilizando um pouco, portanto estaria mais pelo dia 11”, concluiu.
Jerônimo Menezes, do CLG, lembrou que nacionalmente “conseguimos reunir um contingente grande de técnicos nas atividades de greve, com panfletagens positivas junto às comunidades”. “No início da greve tínhamos um objetivo bem claro, não dar base para o Governo votar as medidas contra os trabalhadores. Foi graças ao movimento da nossa categoria que eles não conseguiram avançar na MP 805, e na reforma da Previdência”, concluiu
Armando Divan ressaltou a importância da categoria seguir as decisões do sindicato. “Não tem sentido agora voltarmos ao trabalho. A decisão de greve é uma decisão coletiva. Todo sujeito após a decisão da assembleia deveria entrar em greve! O que temos que fazer agora é conversar com nossos colegas sobre a importância de aderir ao movimento nesta próxima semana.”
Sabrina Clavé, do IFRS Canoas, lembrou da importância da adesão em massa dos técnicos dos Institutos Federais. “Na próxima terça-feira, teremos uma ação no Consup do IFRS, em Bento Gonçalves. Com o falecimento do reitor Osvaldo, nesta semana, estamos sem reitor. E existe a possibilidade de intervenção do MEC, que já disse que estará presente neste conselho. O ato é importante, pois não podemos entregar o IFRS de bandeja para esse Governo.”
Bernadete Menezes parabenizou a categoria e clamou pela intensificação das ações de greve. “Está sendo muito difícil, mas está melhor do que a gente esperava. A caravana em Brasilia conseguiu empurrar para o próximo ano as mudanças na carreira dos servidores. O nosso foco agora tem que ser a questão da Previdência. O papel de cada um de nós é muito importante, se não der para participar das ações de panfletagem, pegue o material na Assufrgs e distribua no seu bairro, nas caixinhas de correio de seus vizinhos. As próximas duas semanas, são um momento decisivo. Eles querem adiar a pauta da previdência antes do natal. Temos portanto que intensificar nossas ações nos próximos dias.”
Márcia Tavares concordou com as falas anteriores e afirmou que é “importante frisar a importância do movimento dos colegas do IFRS, que está dando peso para o movimento. Nossa luta está conseguindo pautar todos os trabalhadores.”
Ricardo Souza parabenizou a categoria. “A Fasubra está cumprindo o papel que devia ser do conjunto de todas as centrais sindicais. Eu acredito que a nossa proposta de terminar a próxima semana em greve é acertada para ter capacidade de empurrar a reforma da Previdência no ano que vem, que é ano eleitoral.”
Mariane Quadros, coordenadora da Assufrgs, concorda que o movimento de greve tem sido exitoso. “O Governo ainda não desistiu de fazer essa votação. Então é importante seguir dialogando com a população. Precisamos intensificar a pressão, intensificar o diálogo. Podemos fazer mais uma semana de mobilização. A nossa greve é muito importante sim e vem fazendo diferença no cenário nacional! Vamos continuar lutando até derrotar essa reforma!”, finalizou.
Gabriel Focking disse que ” o tipo de enfrentamento que essa greve se prestou, e o sucesso que a gente está tendo, ainda parcial, nesse enfrentamento estão de parabéns. A votação da reforma da previdência até agora não aconteceu, e o Governo está se esforçando ao máximo pra acontecer ainda este ano. Mas nós temos que atingir a meta de empurrar para o próximo ano. Essa meta está sendo possibilitada pelo alcance que nós estamos tendo na população, com nossas atividades junto às comunidades”.
Durante a Assembleia também foram discutidas questões sobre o registro de frequência na UFRGS, durante os dias de movimento paredista. A coordenação da Assufrgs lembrou que está sendo aguardada uma reunião entre MPOG, MEC e Fasubra no dia 13 de dezembro e que até lá não há nenhum indicativo de corte de ponto ou salário dos grevistas.
A Assessoria Jurídica da Assufrgs, presente na Assembleia, ressaltou a importância de não deixar o ponto “em branco”, podendo preenchê-lo com “atividade fora do ambiente de trabalho” Foi construída uma comissão que estudará a melhor forma de lidar com o ponto eletrônico ao término da greve.
Foram também aprovadas a redação de moções de repúdio à prisão coercitiva do Reitor e a Vice-Reitora da UFMG, pela Polícia Federal e à demissão de líder sindical dos Correios, após a greve da categoria.
Galeria de fotos
Fotos crédito: Vitor Hugo Xavier/Assufrgs Sindicato