Centrais Sindicais decretam ESTADO DE GREVE a partir do dia 11 de dezembro
Em reunião das Centrais Sindicais, com a presença da Fasubra, nesta sexta-feira (08), ficou decidido calendário de mobilizações contra a reforma da Previdência, a partir do dia 11 de dezembro.
Segundo Gibran Jordão, que representava a Fasubra no encontro, em vídeo publicado no Esquerda Online, ficou definido que “nesta próxima semana as centrais estão declarando ESTADO DE GREVE, com diversas mobilizações, com pressão aos deputados”.
A jornada de lutas chamada pelas centrais tem como tema: “Se colocar para votar, o Brasil vai parar!”, em alusão à pretensão do Governo Temer em votar a reforma da Previdência no próximo dia 18 de dezembro.
Calendário de Luta e Mobilização das Centrais Sindicais
JORNADA DE LUTAS CONTRA O DESMONTE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E EM DEFESA DOS DIREITOS
● Plenária do setor dos transportes segunda feira 11/12 às 15h na sede do sindicato dos condutores de São Paulo para organizar a paralisação quando/se for votada a reforma;
● Pressão sobre os deputados em atividades públicas, aeroportos e no congresso nacional;
● Realização de plenárias, assembléia e reuniões com sindicatos para construir o calendário de luta;
● Dia Nacional de Luta 13/12 contra a reforma da previdência;
● Próxima reunião das centrais dia 14/12;
● Construir mobilizações e atos com o movimento social, seguir atividades de panfletagem e comunicação nas redes sociais.
O calendário foi assinado por Adilson Araujo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil ; Antonio Neto, presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros; Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; José Calixto Ramos, presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores; Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores; Vagner Freitas, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhares; Carlos Prates, CSP Conlutas – Central Sindical e Popular; Edson Carneiro Indio, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora; Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil; e Nilton Paixão presidente da Pública Central dos Servidores
Com a reforma você não se aposenta!
As centrais sindicais repudiam e denunciam como mentirosa e contrária aos interesses do povo brasileiro a campanha que o governo Michel Temer vem promovendo para aprovar a contrarreforma da Previdência.
A Proposta enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional não tem o objetivo de combater privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, bem como abrir caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos banqueiros.
Quem de fato goza de privilégios neste País são os banqueiros e os grandes capitalistas, que devem mais de 1 trilhão de reais ao INSS, não pagam e, pior, não são punidos.
Os atuais ocupantes do Palácio do Planalto servem a essas classes dominantes. Tanto isto é verdade que o governo já havia desistido de aprovar a sua contrarreforma neste ano. Voltou atrás por pressão do chamado “mercado”, ou seja, do empresariado e seus porta-vozes na mídia.
A fixação da idade mínima para aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, assim como outras alterações nas regras da Previdência pública, vai prejudicar milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
A contrarreforma do governo é inaceitável para a classe trabalhadora e as centrais sindicais e tem custado caro aos cofres públicos. Por isto é rejeitada pela maioria dos brasileiros e brasileiras.
É falsa a ideia de que existe déficit da Previdência. Para melhorar as contas públicas é preciso cobrar mais impostos dos ricos, fazer com que os empresários paguem o que devem à Previdência, taxar as grandes fortunas, os dividendos e as remessas de lucros ao exterior.
A centrais reafirmam a posição unitária da classe trabalhadora e de todo movimento sindical contra a proposta do governo e convocam os sindicatos e o povo à mobilização total para derrotá-la.
Foto: Ato unificado em Porto Alegre no dia 10 de novembro de 2017 – Crédito: Vitor Hugo Xavier/Assufrgs Sindicato.