Temer ameaça carreira dos técnicos com decreto que extingue 60 mil cargos públicos
Nesta quarta-feira, 10, o governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) um decreto que extingue 60.923 cargos públicos do Poder Executivo. O Decreto nº 9.262/2018, assinado no dia 09, pelo presidente Michel Temer, representa a continuidade do plano do governo em seguir atacando os servidores públicos federais.
O decreto atinge diretamente cargos do plano de carreira dos técnico-administrativos. O decreto impede a abertura de concurso para mais de 90 cargos de técnicos das Universidades Federais, entre eles: Auxiliar de Saúde, Fotógrafo, Operador de Máquinas Agrícolas, Contramestre-ofício, Auxiliar Administrativo e Auxiliar de Veterinária e Zootecnia, todos Nível C, Enfermeiro do Trabalho, Secretário Executivo, Tradutor Intérprete e Revisor de Textos, Nível E, entre diversos outros.
Segundo informações obtidas pela Assufrgs Sindicato em reunião com a Reitoria da UFRGS, nesta quarta-feira (11), Reitores que integram a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino) já se mostram preocupados em como o decreto irá atingir a realidade das universidades federais do país. As universidades não foram informadas sobre o decreto. Já a FORGEP (Fórum de Gestão de Pessoas do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Técnica e Científica) deve se concentrar nos próximos encontros em um estudo dos impactos gerados a partir deste decreto.
Além do decreto o governo segue planejando a reestruturação das carreiras, conforme declarou o Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, ao portal Valor, o que deverá representar uma série de ataques aos direitos conquistados através das lutas das categorias.
Como defesa do Decreto, o governo alega que “o corte inclui profissões consideradas obsoletas”. Os trabalhadores, porém, sabem que a justificativa não se sustenta, basta que se verifique a relevância atual dos cargos citados. Confira aqui o documento completo.
Com informações do Sindtifes