Aula aberta debaterá em 12 de abril Negritude e Gênero na UFRGS
“Não sou escravo de nenhum senhor!” foi um grito que retumbou pelo Brasil no carnaval deste ano e permanece ecoando nos corações de quem pretende um país que supere suas desigualdades históricas. O processo de democratização de acesso na UFRGS teve seu início em 2008/1 com a matrícula de 522 alunos por reserva de vagas, sendo 88 autodeclarados negros, 434 egressos do ensino público e 9 alunos indígenas. 10 anos depois desse momento histórico, a Comissão de Graduação de Arquivologia e o Setor Acadêmico da FABICO promovem Aula Aberta “Negritude e Gênero: o que a Universidade tem produzido?” a ser realizada quinta-feira, dia 12 de abril de 2018, no Auditório I da FABICO.
A atividade convida estudantes, técnicos, docentes da UFRGS e comunidade em geral a refletir sobre a produção acadêmica acerca deste tema. Na mesa, mulheres de distintos segmentos mostram suas contribuições. A estudante de psicologia da UNISINOS Liliane de Oliveira fala sobre o Projeto Maraia’s Bonecas de Pano. A bacharela em Museologia Natália Silva apresenta um olhar sobre o Bloco Afro Odomodê no vinte de novembro como celebração e resistência negra em Porto Alegre. A técnica Nara da Costa aborda a narrativa das mulheres negras sobre ações afirmativas na UFRGS entre os anos de 2008 e 2015. E por fim, a docente Sandra de Deus lança um olhar sobre o ingresso das mulheres negras no ensino superior. O debate é mediado pelo Professor Rodrigo Caxias, coordenador da COMGRAD da Arquivologia.
O evento não pretende mostrar tudo o que tem sido produzido, mas justamente lançar a indagação coletiva, que nos leva a avaliação do que temos feito efetivamente para superar o racismo e consolidar a democracia em seu sentido radical em nossa sociedade.