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Nota da Assufrgs sobre imposição do leitor biométrico na UFRGS

A Administração da UFRGS, através da PROGESP, enviou ofício ao corpo técnico-administrativo da universidade, em que informou sobre a substituição da senha do login, pelo leitor biométrico. A Assufrgs, como representante da categoria, não foi procurada pela Reitoria para ser avisada sobre a mudança, muito menos para elaborar de forma conjunta alternativas para melhorar as relações de trabalho na UFRGS. É um agravante o fato de que o sindicato pediu na semana passada uma reunião com a reitoria, sobre flexibilização e atividades sindicais, e ainda não foi realizado sequer o agendamento.

A reitoria segue não cumprindo sua promessa de avançar nas negociações com os TAEs. Promessa feita em agosto do ano passado, após a categoria ter aderido ao sistema do login, para evitar represálias como PADs.

A atual reitoria tem uma gestão marcada por inúmeros retrocessos para os técnico-administrativos, entre eles: a imposição do login como controle de jornada de trabalho, mesmo sendo este um sistema comprovadamente sem regulamentação e que não atende as especificidades de todos os setores da UFRGS; a falta de avanços na flexibilização, desrespeitando a decisão 432/2015 do Consun, com imposição das 40h; o aumento exorbitante do RU, praticamente impossibilitando a categoria de acessar o serviço; o desmonte da creche da UFRGS, que após o impasse em relação aos terceirizados, não recebe mais novos alunos.

Esta gestão da UFRGS também não avançou na pauta da paridade dentro da universidade, e os trabalhadores seguem enfrentando péssimas condições de trabalho em muitas unidades. A recente inundação na biblioteca da Odonto, é apenas um, de vários exemplos. Também não existe regulamentação construída em conjunto com a categoria sobre como a chefias devem se portar em relação ao login, ocasionando em tratamentos desiguais entre servidores e abrindo espaço para assédio moral.

Se faz necessária uma nova postura da reitoria da UFRGS, já que necessitamos de unidade para enfrentar a conjuntura nacional de ataques à educação pública, com corte de orçamentos e retirada de direitos. Precisamos de uma gestão democrática, que tenha disposição de construir soluções em conjunto com a representação dos trabalhadores. Acima de tudo, uma gestão que priorize a construção e manutenção de uma universidade que possa atender sua comunidade, encarando o bem estar das relações de trabalho dentro da instituição como fundamentais para esse fim.

Confira o requerimento que a Assufrgs vai protocolar na reitoria