Avaliação técnica sobre a inundação na Biblioteca da Faculdade de Odontologia
A inundação ocorrida na Biblioteca da Faculdade de odontologia, ocorrida no dia 28 de março, comprometeu a segurança e a saúde dos Servidores e da comunidade que ali desenvolve atividades e, também pode levar a um enorme prejuízo acadêmico e de patrimônio da UFRGS.
A ocorrência na Biblioteca, que funciona no segundo andar, foi decorrente de uma reforma na sala 302- o antigo Ambulatório, que iniciou no dia 26 de março. A reforma consistia na troca de algumas cadeiras odontológicas antigas por outras mais novas; porém, na troca, houve rompimento do encanamento, ocorrendo escoamento da água pelo ducto de iluminação da biblioteca, ocasionando uma enxurrada por mais de uma luminária, com risco de choque elétrico, destruição do acervo e com forte cheiro de mofo agredindo a comunidade.
Na terça-feira, dia 27 de março, já havia sinais de goteiras no teto da biblioteca, sendo o fato imediatamente comunicado ao Gerente Administrativo, que não interditou a obra. No entanto, essa ocorrência não é a primeira: há relatos de inundação decorrente de temporal, em janeiro deste ano e em 2017, onde na época ocorreram a perda de várias teses que se encontravam naquele espaço, prejudicando vários alunos.
Por que isso ainda acontece na UFRGS?
A Universidade não cumpre as Normas Regulamentadoras previstas para a execução de uma obra ou reforma, tal como NR 08 – Edificações, e também não atende a Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas, como a NBR 5674- Manutenção Predial, NBR 5410 – Estudo elétrico para dimensionamento e distribuição de carga elétrica, NBR 14037- Manual de Uso, Operação e Manutenção da Edificação.
No entanto, o mais grave disso para a comunidade é que o não atendimento a requisitos de segurança após a ocorrência, como o isolamento da área e cumprimento das Normas Regulamentadoras como a NR 10- Instalações e serviços em eletricidade, NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, NR 15 – Atividades e operações insalubres, NR 17 – Ergonomia, entre outras, coloca em risco grave e eminente à vida das pessoas, expondo a condições associadas à energia elétrica, armazenamento de materiais.
A Superintendência de Infraestrutura da UFRGS não pode negligenciar e nem colocar em risco a vida das pessoas que ocupam e fazem parte da Comunidade Acadêmica da Universidade e de seus processos. Expor Alunos e trabalhadores por não cumprir leis e normas de infraestrutura e relação de trabalho, É CRIME!!!
Coordenação ASSUFRGS
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