Universidade precisa estar envolvida na luta contra o desmonte do estado brasileiro

No dia nacional de lutas das universidades e institutos federais a Assufrgs Sindicato realizou uma seminário para discutir o papel dos trabalhadores da educação pública na luta contra a conjuntura de retirada de direitos e desmonte do estado brasileiro com privatizações e políticas negativas para a soberania do país.

Na parte da tarde, a programação contou com a presença de Wrana Panizzi, ex-Reitora da UFRGS, e Alexandre Chagas,  Alexandre Chagas, petroleiro, trabalhador da Refap. A mesa foi comandada por Mariane Quadros, Coordenadora Geral da Assufrgs Sindicato.

O assunto da mesa, mesclou a importância da autonomia universitária e como a comunidade das universidades deve se posicionar e defender a soberania nacional, fazendo um link à atual luta dos petroleiros e caminhoneiros contra a política de Temer na Petrobrás e o venda do Pré-Sal.

 

Wrana Panizzi iniciou as falas comentando sobre o papel indagador da universidade publica.  “Uma instituição como a universidade pública deve estar sempre alerta, se questionando e perguntando. Antes de alguns aqui nascerem já dizíamos o petróleo é nosso! Ele é nosso por que ele tem que servir à projetos nacionais nossos! Hoje estamos aqui reunidos e nos associando à esta luta, por estas duas instituições (universidade e Petrobras).”

“Precisamos seguir fazendo um convite à sociedade, com atividades como esta aqui, para repensarmos o papel desses serviços públicos e para onde nós vamos. A luta hoje é retomada a partir da defesa dessas instituições, pois elas fazem parte de um projeto de nação. O que está ai hoje não condiz com o que entendemos como papel dessas instituições.”, concluiu.

A professora comenta também sobre a democracia dentro das universidades. “A autonomia universitária não é uma questão jurídica e institucional, é uma questão politica. Assim como é a questão do estado e a democracia que se quer. Não se faz democracia sem debate, sem o olho no olho, a contraposição. Isso quer dizer que precisamos ter uma universidade realmente democrática, por dentro, em seus conselhos. Democrática tmabém na sua forma de fazer as discussões.”

Alexandre Chagas lenbrou do papel fundamental da universidade para as pesquisas de extação do pré-sal e que a Petrobrás segue sendo uma das principais investidoras da pesquisa científica no Brasil. “Não defender a petrobrás é também não defender a universidade pública. Precisamos combater a narrativa de que a Petrobras não está quebrada. A mídia e o governo atual reforçam essa história para que a população ache correto desmontar a estatal e gerar lucro para investidores estrageiros e não ao povo brasileiro que é o maior acionista da Petrobras.

Chagas resgatou como funciona a política de preços de Michel Temer à frente da Petrobrás e a venda do pré-sal. “A questão está vinculada à venda do nosso patrimônio. Tirar a produção das plataforma de dentro do país, diminuir o refino das nossas refinarias é um absurdo! Ninguém dentro da Petrobrás aceita a corrupção, corruptos devem ser punidos, mas esta corrupção não chegou a prejudicar a estatal, a política de preços de Temer, sim.”

“Na verdade eles estão querendo acostumar toda a população a consumir combustível com preços internacionais, e não com combustível em preço do real. O próximo passo será a venda das refinarias do sul e do nordeste. De forma alguma o governo irá mudar a política de preços, eles deixam isso bem claro. A Petrobras tem que voltar a ser indutora do movimento tecnológico do pais, investindo em tecnologia, e que os frutos da Petrobras sejam direcionados para educação e saúde”, afirmou o petroleiro.

Após as falas a plateia participou do debate, com intervenções, perguntas e reflexões sobre a atual conjuntura. Confira como foi a mesa da manhã, com Tarso Genro, e Edson Carneiro Índio.

Galeria de Fotos

 

Confira os vídeos do seminário da Assufrgs na íntegra:

Debate 01 –  Conjuntura – Do golpe de 2016 a um Projeto para a Classe Trabalhadora e Serviços Públicos
Com: Tarso Genro e Edson Carneiro Índio

 

Debate 02 –  A defesa de um projeto democrático e popular: não às privastizações e a Emenda Constitucional nº 95
Com: Wrana Maria Panizzi e representantes do movimento dos petroleiros no RS