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Assufrgs divulga relatório de atividades de 2017

O ano de 2017 foi marcado por intensas atividades. Entre elas a participação da Assufrgs na Greve Geral contra a reforma trabalhista e a greve nacional da Fasubra no final do ano.

Diante do momento político, a Assufrgs foi destaque na luta contra os retrocessos, realizando, produzindo, coorganizando e participando de mais de 170 atividades durante 2017. Confira abaixo o balanço da coordenação geral sobre o ano de 2017 e ao final da notícia o link para o relatório completo de atividades da Assufrgs Sindicato no ano de 2017. O arquivo completo está divido a partir das diversas pastas que compõem a coordenação de nosso sindicato,com relatos das coordenações Financeira, de Imprensa, SST, Jurídica, Esporte e Lazer e de Formação.

 

2017: garantimos a Previdência de todos e a carreira dos TAES!

O ano de 2017 foi de fortes lutas da classe trabalhadora, e na Assufrgs não podia ser diferente: mesmo com o enfrentamento aos problemas internos, a categoria entendeu e aderiu a luta unitária em defesa dos direitos dos trabalhadores. O governo golpista de Michel Temer seguiu tentando avançar na sua pauta de retrocessos e ataques ao povo e ao país. Mas a luta organizada dos trabalhadores realizou importantes atos de protesto como a Greve Geral de 28 de abril e o Ocupa Brasília em 25 maio, impondo derrotas ao governo: Temer é rechaçado por quase a totalidade de população e a Reforma da Previdência, um dos pilares do golpe, não foi aprovada.

Mobilizações nacionais

O 8 de março de 2017 foi o exemplo e o prenúncio da Greve Geral. As mulheres puxaram atos massivos e unitários em todo o país. Sem deixar de lado as pautas históricas das mulheres, o foco das mobilizações foi a defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários, pautando como as reformas prejudicariam ainda mais as trabalhadoras. Além de participar das atividades unitárias, a Assufrgs promoveu um debate sobre as reformas e os serviços públicos, em uma mesa de mulheres representando diferentes movimentos sociais, partidos e organizações políticas.

A Assufrgs, unida com a Fasubra, centrais sindicais, movimentos sociais, sindicatos e partidos, teve participação importante nas mobilizações contra as reformas da previdência e trabalhista. Promovemos diversos dias de paralisações, seminários, passagens nas unidades e passeatas para informar e mobilizar os trabalhadores.

O dia 28 de abril de 2017 entrou para a história como uma das maiores Greve Geral do país. Os lutadores da Assufrgs participaram da parada no transporte público garantindo o fechamento da garagem Gasômetro desde as primeiras horas de manhã e participando de outros piquetes pela cidade. No mês seguinte, o Ocupa Brasília sacudiu a capital do país. A caravana da Assufrgs estava lá, com trabalhadores e estudantes unidos na luta.

Greve

Com a aprovação da Reforma Trabalhista, a luta se voltou com ainda mais força para a garantia de Previdência e a defesa dos serviços públicos. No mês de outubro, o governo golpista começou a ensaiar ataques específicos aos servidores públicos, com a possibilidade de um “carreirão” e o projeto de lei de demissão de servidores. O Governo fez declarações defendendo o fim do ensino superior gratuito e a transformação das IFES em Organizações Sociais. Os ataques iminentes eram muitos e graves.Começamos a discutir a necessidade de uma greve. Era imprescindível um movimento forte do Serviço Público Federal, mas a mobilização não aconteceu. Deixar a greve para depois poderia nos trazer danos irreparáveis. Após muito debate, a categoria aderiu à greve na Fasubra no dia 20 de novembro.

Durante a greve, transpassamos os muros de nossas instituições e difundimos a visão dos trabalhadores da educação federal a respeito das medidas em trâmite no Governo e no Congresso, demonstrando as mentiras divulgadas diariamente nos meios de comunicação. Informamos a população sobre o desmonte do Estado brasileiro, a precarização do serviço público e o ataque à educação pública, gratuita e de qualidade.

A Assufrgs realizou atos de panfletagem em diferentes bairros de Porto Alegre, do centro histórico à Restinga, e nas cidades de Rolante, Viamão, Osório, Canoas, Alvorada e Bento Gonçalves, com a distribuição de mais de 100 mil panfletos durante a greve. Também promovemos uma forte campanha nas redes sociais.

Em Brasília, a Caravana da Fasubra fechou o MPOG no dia 27/11 e demonstrou que haveria grande resistência pelo movimento sindical organizado, se o governo não recuasse das suas medidas. O ato teve grande repercussão na mídia e garantiu que a Fasubra fosse a única categoria em luta a ser recebida pelo Governo golpista.

O Governo Federal saiu derrotado! Não conseguiu votar a Reforma da Previdência. Além disso, não foi nem apresentado o carreirão, nem aprovada a MP 805 (que aumenta nossa contribuição previdenciária e congela reajustes de outras categoria).
Mobilizações locais

Além dos ataques do Governo Temer, os TAES lutaram contra os retrocessos dentro da UFRGS: defesa da creche, contra o aumento abusivo do RU, pela flexibilização e contra o login. A Reitoria da universidade, ao invés de unir forças na luta contra a precarização do ensino público, retira os direitos dos técnicos, deteriorando as relações de trabalho.

Diante de necessidade do amplo debate com a categoria sobre o login, realizamos uma mobilização e um debate inédito no sindicato. Reuniões nos locais de trabalho discutiram o tema e elegeram delegados, que levaram as decisões para uma plenária. Ouvidas todas as posições, a plenária apontou a decisão da categoria, que depois foi ratificada em assembleia, atendendo ao nosso estatuto. Para evitar a perseguição da Reitoria, que chegou ao ponto de ameaçar os técnicos com a abertura de processos administrativos disciplinares, a categoria decidiu aderir ao login, sem abandonar a luta pela flexibilização, por um controle adequado da jornada, por liberdade sindical, condições de trabalho e paridade.

Nos IFRS, lutamos duramente contra os ataques do Governo Federal, garantindo que nenhum campus fosse fechado. A Assufrgs foi protagonista na defesa dos IF e na criação da Frente Gaúcha em Defesa das Universidades e dos Institutos Federais do RS, lançada em setembro de 2017.

Como era de se esperar, 2017 não foi um ano fácil para os trabalhadores. A Assufrgs, mantendo a sua tradição de sindicato combativo, esteve junto da base para organizar e impulsionar as lutas. A categoria atendeu o chamado, garantindo ao final do ano a derrota de Reforma da Previdência, nossa carreira, o não aumento da contribuição previdenciária, a existência dos IFRS. Seguimos juntos na luta, pois unidos somos fortes!

Coordenação Geral da Assufrgs Sindicato

O relatório completo, com os resumos de cada uma das pastas que compõem a coordenação da Assufrgs, pode ser acessado clicando na imagem abaixo: