Fasubra orienta categoria para ir às ruas nesta quinta e sexta em defesa da democracia e da autonomia universitária

Em comunicado urgente aos sindicatos de base, nesta quarta-feira, 24 de outubro, a Fasubra orienta a categoria à adesão nas atividades em defesa da democracia e da autonomia universitária, por todo o país. 
 
A Assufrgs convoca todos os técnico-administrativos e educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS a participarem das atividades de mobilização nesta quinta e sexta-feira. Pedimos aos colegas que entrem em contato com suas chefias para a liberação das atividades. O momento é de ir às ruas em defesa da democracia, contra o autoritarismo, em defesa dos serviços públicos, da autonomia das universidades e da educação pública, gratuita e de qualidade! Colega, vem pra luta! 
 
Agenda de atividades
 

25 de outubro, quinta-feira

09h às 19h – Atividade das centrais sindicais no Largo Glênio Peres. O ato ocorre durante todo o dia, das 09h às 19h. Tire um tempo para conversar com a população de Porto Alegre sobre o retrocesso que representa a candidatura de Bolsonaro para a população brasileira.

18h – Boulos, Tarso e Melchionna no Viaduto do Brooklyn -> A atividade censurado pela justiça, que ocorreria no vão da reitoria da UFRGS ESTPA MANTIDA! Novo local: “Brooklyn”, no vão do viaduto Imperatriz Dona Leopoldina, na Avenida João Pessoa. Vamos sem medo!

26 de outubro, sexta-feira

07h30min – Panfletagem no Trensurb. Ponto de encontro na estação mercado.

16h30min – Assembleia de mobilização – Assufrgs chama a categoria para somar à atividade que está sendo chamadas pelos estudantes da UFRGS. Local: Em frente à Faculdade de Direito.

 

 

Confira abaixo o comunicado da federação:

O candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) já não esconde mais os ataques planejados contra as universidades federais. A equipe econômica do político, liderada por Paulo Guedes, divulgou que em caso de vitória irá cobrar mensalidades nas instituições, com a argumentação de que a maioria das vagas das universidades federais é ocupada por estudantes que cursaram escolas particulares e, portanto, integrantes de famílias que poderiam arcar com mensalidades. Porém, segundo um estudo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior  -Andifes, de 2016, revelou que dois em cada três estudantes de universidades federais são de classe D e E. Feito com base em entrevistas de 2014 com graduandos, o estudo mostra que 66,2% dos alunos vinham de famílias cuja renda não ultrapassava 1,5 salários mínimo per capita. Além de contrariar a Constituição Federal, que garante a gratuidade do ensino público.

Bolsonaro prevê ainda mudança na forma da escolha dos reitores, ferindo de morte a autonomia universitária e a paridade, onde foi conquistada, desrespeitando a lista tríplice e comprometendo ainda mais as pesquisas nas universidades públicas do Brasil.

O candidato, afirma que ira impedir gestões “aparelhadas pela ideologia de esquerda” e identificando “quem é quem” nas universidades federais para segundo ele impedir gestões democráticas. Já em entrevista a um canal de televisão, disse que os brasileiros têm “tara” pelo diploma superior e que seria melhor se muitos deles buscassem apenas o ensino profissionalizante, para atuar em áreas como conserto de eletrodomésticos e mecânico de automóveis.

E não só os (as) estudantes serão prejudicados com uma possível eleição do representante da extrema-direita no país. Os (as) trabalhadores(as) técnicos(as) administrativos(as) das instituições federais correm sérios riscos de ter os seus direitos atingidos. O vice de Bolsonaro, Mourão (PRTB), manifestou publicamente o desejo de acabar com a estabilidade no serviço público, aproximando a categoria das regras aplicadas na iniciativa privada e o fim do 13a salário.

Mourão, criticou de forma enfática o 13º salário e o adicional de férias, ao mostrar que está do lado oposto do que espera o (a) trabalhador (a). O programa de Bolsonaro prevê a manutenção da EC 95, que prevê Congelamento de gastos públicos, a manutenção da lei da terceirização irrestrita e a entrega definitiva dos HU´s à iniciativa privada. Com estas medidas, nossa carreira estará profundamente prejudicada, pois com a manutenção da EC 95, não haverá investimento as universidades.

É bom relembrar que a FASUBRA encaminhou a todos os candidatos a plataforma que foi aprovada em nossa plenária e, deste candidato, não obteve nenhuma resposta. Por essas e outras, é preciso fazer frente a um projeto político que representa tantos retrocessos. Na votação do próximo domingo, dia 28, a FASUBRA reitera a deliberação da nossa plenária defesa da democracia e voto na candidatura do campo da esquerda, a candidatura de Fernando Haddad (PT) e Manuela (PC do B).