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Plenária pela democracia reuniu comunidade da UFRGS no DCE

Chamada pelo DCE, centros acadêmicos da UFRGS, APG, e sindicatos dos professores e técnico-administrativos, ANDES e Assufrgs Sindicato, ocorreu nesta quarta-feira (31), na sede centro do DCE, uma Plenária pela Democracia. O objetivo do encontro foi discutir os ataques à liberdade dentro das universidades federais, ocorridos durante o segundo turno da eleição presidencial de 2018. Também foram apontados os planos do governo de Bolsonaro, de cobrar mensalidades nas universidades públicas, aprovar o projeto da lei da mordaça, que fere a liberdade dos professores em sala de aula e a retirada de direitos da população, ainda na transição entre os governos Temer e Bolsonaro, como a reforma da Previdência.

Outras preocupações apontadas pela comunidade universitária da UFRGS, são os ataques às liberdades individuais, reforçados em falas do candidato eleito, e a perseguição proposta por ele contra a oposição durante o próximo governo. “Bolsonaro flerta com a ditadura militar, não tem compromisso com a democracia e com os direitos humanos e direitos sociais e precisamos nos unir para combater a retirada de direitos e ataque à democracia e liberdade de expressão.”, ressaltou Gabriela Silveira do DCE da UFRGS.

O encontro entrou em acordo que o Comitê UFRGS pela Democracia deve organizar uma campanha de esclarecimento com a sociedade sobre a importância da universidade para a produção de conhecimento em ciência, tecnologia, artes, saúde e diversas outras áreas; “Precisamos manter o comitê em defesa da democracia da UFRGS e precisamos sair dos muros da universidade. Conversar com a população sobre a importância da universidade. 90% da pesquisa que se faz no país se faz na universidade. Quem fala em acabar com a universidade pública, fala em acabar com toda a possibilidade de reflexão, de produção de conhecimento que não esteja somente à serviço do lucro. Estamos falando de um espaço público e determinante para soberania nacional”, afirmou Elisabete Burigo, do ANDES – Seção Sindical UFRGS. As falas também apontaram a necessidade de buscar a unidade, com o apoio de todos os setores democratas do país, para barrar a retirada de direitos.

“Lembro que em 2017 o governo dava como certa a aprovação da reforma da previdência, os trabalhadores fizeram a segunda maior greve geral da história desse país e conseguiram adiar a pauta, que agora se aproxima novamente. Ou seja, a mobilização é efetiva. Nós da universidade não podemos permitir as ameaças à autonomia universitária, à capacidade de produzir conhecimento, ameças à carreira dos técnicos, à liberdade de ensino dos professores e de permanência dos estudantes no ensino superior. Precismos lutar por essa universidade pública.”, concluiu Charles Almeida, coordenador da Assufrgs Sindicato

Na próxima segunda-feira (5), o comitê se reunirá novamente para delinear, na prática, as estratégias e agenda de mobilização.

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